Acolher, cuidar, amar. A Família acolhedora é uma uma medida protetiva que acolhe a criança e o adolescente afastado do convívio familiar, por motivos de abandono ou pela família de origem se encontrar temporariamente impossibilitada de oferecer cuidado e proteção. Considerando a importância desse serviço, as equipes vinculadas à Secretaria de Assistência Social (Semas) de Vitória, participaram de formação na manhã desta terça-feira (25), para conhecer mais sobre o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora e potencializar a identificação dentro dos seus territórios de famílias interessadas em acolher crianças e adolescentes em suas residências.
O Serviço é responsável pelo cadastramento e habilitação destas famílias que, se consideradas habilitadas, receberam em seus lares crianças e adolescentes que, por medida de proteção, precisam ser afastados temporariamente do convívio familiar, quando suas famílias de origem encontram-se impossibilitadas de cumprir sua função de cuidado e proteção.
Na impossibilidade de retorno a família de origem ou a família extensa, são encaminhados para a adoção. O objetivo principal do Programa Família Acolhedora é evitar a institucionalização, proporcionando o acesso ao carinho, à atenção e a convivência familiar e comunitária dessas crianças e adolescentes.
Para ser uma Família Acolhedora é preciso residir no município de Vitória, passar por capacitação e pelo processo de habilitação. Para isso, a família deve entrar em contato com a equipe do serviço por meio do telefone (27) 99742-9658 e preencher uma ficha de cadastro. A família acolhedora recebe uma ajuda de custo na ordem de 60% do salário mínimo por criança ou adolescente acolhido.
A subsecretária de Proteção Social Especial, Carla Mognato Scardua Shalders, fez questão de destacar o que é muito importante numa alternativa ao acolhimento institucional. “Precisamos contar com a nossa rede socioassistencial, pensando nas potencialidades dos nossos territórios de forma que todos os serviços podem contribuir para identificar e cadastrar famílias. Para o serviço ser eficiente e eficaz é preciso existir famílias dispostas a receber crianças ou adolescentes que estão precisando de proteção”, ressaltou Carla Scardua.
A secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, foi ainda mais enfática. “Apostamos no Serviço Família Acolhedora como alternativa para melhorar o atendimento a crianças e adolescentes que necessitam de acolhimento. E precisamos conhecer e divulgar para que famílias possam dividir seu amor com quem precise”.
Família Acolhedora
Família Acolhedora é aquela voluntária da comunidade que é selecionada, capacitada, cadastrada e acompanhada pela equipe técnica do Serviço de Acolhimento, para ofertar e garantir cuidados individualizados em ambiente familiar e afetuoso para crianças e adolescentes que estão afastados temporariamente do convívio familiar.
Em Vitória, este serviço foi instituído pela Lei Municipal nº 6.708/2006, podendo acolher neste serviço até 15 crianças e adolescentes, salientando que cada família acolhe uma criança por vez ou grupo de irmãos. O período de acolhimento varia de dias a meses, podendo chegar até, no máximo, dois anos.
Esse é um serviço de alta complexidade da Assistência Social, que tem seu corpo técnico composto por uma psicóloga, uma assistente social, uma pedagoga e uma coordenadora. Atualmente o serviço é realizado em parceria com a Fundação Fé e Alegria do Brasil.
Família acolhedora: Todos juntos na busca por interessados em acolher
