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sexta-feira, março 29, 2024
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Advogada de defesa afirma que prisão de guardas municipais foi prematura

De acordo com a polícia, os agentes municipais são suspeitos de se apoderarem indevidamente da arma de fogo de um traficante de drogas

A defesa dos guardas municipais detidos durante uma operação da Polícia Civil, na manhã desta terça-feira(16), no bairro Cobi de Baixo, em Vila Velha, conversou com exclusividade com a equipe daTV Vitória. Os agentes investigados deverão ser afastados temporariamente de suas funções. De acordo com a polícia, eles são suspeitos de se apoderarem indevidamente da arma de fogo de um traficante de drogas. Ao todo, seis agentes são investigados pela justiça.

Segundo o delegado, Franco Malino, a polícia chegou até eles por meio de uma averiguação de um assassinato. “No dia de 16 setembro, na saída de um baile no bairro Cobi de Baixo, a guarda estava fazendo uma abordagem dos indivíduos que saíam da festa. Nesta operação, um elemento estava com um arma de fogo bem valiosa. O revólver foi apreendido pelos guardas, porém, eles não entregaram o objeto e nem conduziram o sujeito para uma prisão em flagrante. Três dias depois, esse mesmo homem foi assassinado a tiros, em razão de ter perdido a arma de fogo”, contou.

O crime citado pelo delegado foi mostrado pela TV Vitória no último dia 20. Na ocasião, o suspeito assassinado era Winderson Soares de Jesus, de 26 anos, que foi morto a tiros dentro de casa, no bairro Nova Rosa da Penha, em Cariacica.

A advogada dos agentes, Sarah Nunes, afirmou que não pode revelar muitos detalhes do processo. Segundo ela, é preciso assegurar as investigações. “A apuração do caso prossegue em segredo da justiça, bem como o inquérito. Mas eu posso afirmar que a ação da polícia é prematura”, disse.

Ronivaldo Penedo de Lima é um dos guardas apreendidos durante a operação policial. Os demais agentes permanecem investigados. De acordo com a advogada de defesa, a arma encontrada não serve como objeto de prova. “Após as análises dos autos, nós constatamos que não há indícios de materialidade do crime e não há indícios que a arma de fogo exista em algum momento”, relatou.

Durante as investigações, os policiais encontraram na residência de alguns alguns guardas, produtos apreendidos, como drogas e armas. Para a defesa, os agentes justificaram que tudo seria entregue na delegacia ao final de um plantão.

O delegado Franco Malino contou que não existe uma justificativa para que os agentes estivessem com esses materiais dentro de suas casas. Segundo ele, investigações serão feitas com o apoio da Corregedoria da Guarda Municipal de Vila Velha. “São vários os crimes neste caso. Peculato, crime que consiste na subtração ou desvio de algo, porte irregular de arma de fogo com uso restrito, não efetivação de cumprimento de mandato do suspeito abordado na época, além dos crimes de porte e tráfico elícitos de drogas”, afirmou.

O agente preso passou por uma audiência de custódia, mas segundo à Secretaria de Justiça, ele permanece detido.

Fonte: Folha Vitória

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