Neste mês de maio, as equipes que atuam nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) da Assistência Social (Semas), estão montando uma força-tarefa com um único objetivo: intensificar, ainda mais, as ações e atividades para mobilizar a sociedade e convocá-la para o engajamento contra a violação dos direitos das Crianças e Adolescentes, em especial, o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Os coletivos do Projovem, e Cajuns estarão trabalhando a temática junto às famílias, as crianças e aos adolescentes usuários desses espaços formando uma verdadeira “onda” laranja. Esta cor faz referência à campanha nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O dia 18 de maio foi instituído pela Lei nº 9.970 de 2000, como marco da luta em referência ao crime cometido contra a menina capixaba Araceli Cabrera Crespo, de 08 anos de idade, que foi espancada, abusada sexualmente, drogada e morta.
Maruípe
Na quinta-feira (12), o Coletivo de Maruípe vai promover uma oficina com o Centro de Referência da Juventude (CRJ), Território do Bem. Já no dia 17, os adolescentes vão participar da Oficina “Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e, no dia 18 de maio, as equipes que compõem a rede socioassistencial da região vão se juntar às famílias numa grande ação de mobilização e conscientização na Praça de Eucalipto.
Praia do Canto
Na segunda-feira (16) e na quarta (18), o Coletivo Praia do Canto, em parceria com o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Cajun, da Praia do Suá, vai falar sobre o significado do 18 de maio, culminando com a produção de laços roxos para decoração dos espaços frequentados por crianças e adolescentes. O grupo vai promover, ainda, uma ação intergeracional, no próximo dia 25, com a presença de profissionais que atuam no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), quando serão feitos diálogos sobre combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Itararé
Na quarta-feira (18), o Coletivo Itararé, em conjunto com a rede socioassistencial da região, vai promover uma ação na Praça do Território Itararé e, em conjunto com o CREAS. As equipes estarão concentradas na Avenida Nossa Senhora da Penha (em frente ao supermercado OK), para chamar atenção das famílias e pessoas que transitam pelo local sobre a importância de estarem atentas para o combate às violações de direitos das crianças e dos adolescentes.
São Pedro
Nesse dia , também estarão em mobilização os coletivos Centro Vitória e o Coletivo São Pedro 2. As equipes que atuam em São Pedro vão se unir com os profissionais do Cajun local, famílias e usuários do espaço, numa grande ação integrada na Avenida Serafim Derenzi.
Consolação
Já na quinta-feira (19), será a vez do Coletivo Consolação, por meio de ação integrada com o Cajun Consolação, ir às ruas numa grande caminhada. Nesse movimento de circular pelas ruas do território as equipes vão disseminar a importância de todos estarem atentos aos direitos das crianças e adolescentes de viverem em ambientes seguros.
Inhanguetá
No Coletivo Inhanguetá será feita uma ação articulada com o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF).
Para a secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, a pauta do combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é urgente. “É preciso união e esforços para reduzir a incidência de violência contra as crianças e adolescentes. Temos trabalhando focados para estabelecer a integração das políticas públicas para o acolhimento e o atendimento integral às crianças e adolescentes vítimas de violência. Mas, nosso maior esforço é para criar ambientes familiares e de convívio social mais seguro para crianças e adolescentes”, afirmou ela.
Você sabia que… ?
O conceito de “abuso sexual” é descrito como “violência que acontece dentro do ambiente doméstico ou fora dele, mas sem a conotação da compra de sexo, podendo o agressor ser pessoa conhecida ou desconhecida da vítima. Uma relação adultocêntrica; o agressor (pais, responsáveis legais, pessoas conhecidas ou desconhecidas) domina a criança e/ou adolescente, se apropriando e anulando suas vontades, tratando-os, não como sujeitos de direitos, mas sim como objetos que dão prazer e alívio sexual.
É importante lembrar, ainda, que a exploração sexual é todo o ato de cunho erótico, tendo ou não contato físico, apresentando ou não uso de força, que ocorre entre um adulto ou adolescente mais velho e uma criança ou adolescente.
O art 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente, garante que toda criança e adolescente, não “será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão […].” O Estatuto da Criança e do Adolescente e também a Constituição Federal, afirmam ser “dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à dignidade, ao respeito de toda criança e adolescente.
Assistência Social promove mobilização contra violação de direitos