Vinte e três escolas afetadas. Trinta e cinco vítimas fatais. Inúmeras pessoas abaladas emocionalmente. Esse é o saldo da violência às escolas no país desde 2002*, segundo estudo “Ataques de Violência Extrema em Escolas no Brasil”, realizado pelo Instituto de Estudos Avançados da Unicamp. Esses ataques, análogos ao crime de ódio, são planejados com antecedência de apenas alguns dias até mais de dois anos, acabam desencadeando outros, com imenso impacto na comunidade.
“O impacto do ataque a uma escola é muito maior do que qualquer outro. Na escola pessoas convivem diariamente, estabelecem relações. Quando você ataca uma escola, ataca toda a comunidade, a comunidade de entorno, as demais escolas. Quando você ataca uma escola, está atacando a identidade das pessoas”, explica a doutora em Educação Telma Pileggi Vinha, pesquisadora de Relações Intersetoriais do Ambiente Escolar da Unicamp.
Segundo Telma, esse tipo de violência gera um trauma coletivo cujas consequências podem aparecer meses depois. “Traumas individuais e coletivos, adoecimentos, riscos de nova violência, aumento expressivo de transtornos mentais. É muito comum que aconteça, alguns meses depois, estresse pós-traumático, afastamento do trabalho, consumo de álcool de drogas, abandono. As consequências são muito sérias”, aponta. De acordo com a pesquisa, um ataque geralmente ocasiona mais três na semana seguinte.
Segundo especialistas, as escolas necessitam se constituir como espaços de escuta e valorização dos afetos, para incentivar o pertencimento e a cultura da paz
Diálogo é o caminho para reduzir violência às escolas
Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
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Diálogo é o caminho para reduzir violência às escolas