Familiares permancem perto da entrada da caverna aguardando novidades sobre o resgate.
“Estou muito feliz. Ele está magro”, afirmou Bew, que é mãe de um dos meninos, ao ver o vídeo exibido pelos socorristas em uma tela sob uma barraca.
O governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osottanakorn, que coordena a célula de resgate, afirmou que uma retirada nesta quarta-feira seria “difícil” pois o nível da água dentro da caverna é elevado, apesar do grande sistema de bombeamento instalado.
“Devemos ter 100% de certeza no momento de decidir a operação”, que poderia acontecer em vários grupos de crianças, completou.
Os socorristas já advertiram que não se precipitarão para retirar o grupo, pois eles deverão percorrer quilômetros sob a água.
O primeiro passo foi restabelecer a força, uma vez que os meninos ficaram dias sem comer. De acordo com a CNN, após receberem suplementos alimentares e vitaminas, eles comeram carne de porco grelhada, arroz doce e leite.
Caso as equipes de resgate não localizem uma cavidade no teto da caverna, o grupo terá que percorrer pelo menos 2 km por espaços estreitos, incluindo vários trechos inundados.
De acordo com a France Presse e a CNN, o grupo já começou a ser treinado para mergulhar. Eles chegaram a colocar as máscaras de oxigênio, que vão precisam usar para sobreviver ao resgate, mas ainda não entraram na água.
Os socorristas salientaram que não pretendem se precipitar com a evacuação, que será complicada. Algumas das crianças não sabem nadar.
Um mergulhador veterano leva seis horas para percorrer essa distância, indicaram as equipes de resgate.
“Fazer mergulho em cavernas é muito técnico e perigoso, especialmente para mergulhadores iniciantes. Por isso, pode ser melhor ajudá-los na caverna até que possam ser removidos por outros meios”, avaliou Anmar Mirza, coordenador da Comissão Nacional americana de Resgate Subterrâneo.
Cavidades no teto da caverna
As equipes de resgate detectaram vários poços na vertical da caverna. E nos últimos dias, a floresta foi desmatada perto de um deles para permitir o pouso de helicópteros visando uma possível evacuação por via aérea.
Mas, por enquanto, não foi provado que um desses poços esteja ligado ao trecho da caverna onde estão os meninos.
A opção principal continua sendo a entrada da caverna, onde técnicos, especialmente japoneses, trabalham para drenar a água. Quanto mais baixo o nível de água, menos as crianças terão que percorrer com equipamento de mergulho.
No entanto, quanto mais o tempo passa, maior o risco de novas inundações nesta temporada de monções no Sudeste Asiático.