Redução vale para combustíveis na refinaria. Tombo na cotação internacional do petróleo motiva cortes

RIO – Dois dias após ter reduzido os preços da gasolina em 15% em suas refinarias, a Petrobras anunciou nesta sexta-feira nova redução. Desta vez, o corte será de 5% a partir deste sábado. A companhia anunciou também a queda dos preços do diesel em 3%.
Na gasolina, a redução média será de R$ 0,0566 por litro, enquanto que no diesel a queda será de R$ 0,0498.
Entenda: Por que a queda de 40% do preço da gasolina em 2020 nas refinarias não chegou ao seu bolso
A decisão de fazer um novo corte deve-se à forte queda do preço internacional do petróleo, que já acumula baixa de 60% neste ano. Há ainda queda na na demanda interna dos combustíveis.
De acordo com a estatal, com essa nova redução o preço médio da gasolina nas refinarias será de R$ 1,08 por litro. Esse é o menor preço cobrado pela companhia desde 31 de outubro de 2011.
Míriam Leitão:‘Ninguém será deixado para trás’, diz Paulo Guedes
No acumulado deste ano, a redução do preço da gasolina é de 43,5%.
Já com a queda de 3% nos preços do diesel, o acumulado do ano é de redução de 31,3%.
Analítico:Financiamento da folha de pagamento não garante dinheiro no caixa das empresas
“A Petrobras espera que este movimento nos preços se reflita, no curto prazo, na redução do preço final cobrado ao consumidor”, afirma a companhia em nota.
Nesta sexta-feira, o petróleo Brent (referência no mercado internacional) está cotado em US$ 24,38 o barril.
Castello Branco: ‘Estamos preparando a Petrobras para viver com petróleo abaixo de US$ 25’
O tombo nas últimas semanas é explicado por duas razões: a menor demanda mundial pela commodity devido ao impacto da pandemia do coronavírus e a briga entre Arábia Saudita e Rússia sobre preço e produção de petróleo. Os dois são grandes produtores.
O repasse das reduções de preço nas refinarias não é imediato para os postos revendedores porque isso depende de vários fatores.
Coronavírus: Empresariado discute o prazo certo para reabrir negócios
Dentre as questões estão os elevados estoques atualmente em poder tanto das distribuidoras como dos postos. Houve queda forte de demanda porque os brasileiros estão saindo menos de casa, devido à quarentena.
Há ainda impostos sobre o combustível e o custo do álcool anidro, que é adicionado à gasolina.
Fonte: O Globo