sábado, maio 17, 2025
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PF investiga esquema envolvendo Secretária de Saúde e empresário no ES

Justiça autoriza bloqueio de bens e suspensão da função pública

Em reportagem publicada nesta sexta-feira (28) por Alberto Borém de A Gazeta, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Editor, realizando mandados de busca e apreensão em Vitória e Linhares. A investigação envolve suspeitas de direcionamento de licitações, contratações que favoreciam um empresário, e pagamentos ilegais a uma secretária municipal de Saúde. De acordo com a PF, não foram emitidos mandados de prisão, mas a Justiça autorizou o bloqueio de bens e a suspensão da função pública da servidora investigada. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Operação Editor: Sete Mandados de Busca e Apreensão
O objetivo da operação era cumprir sete mandados de busca e apreensão nas duas cidades. O nome “Operação Editor” faz referência ao papel do empresário, que teria editado cláusulas de editais usados pela secretaria municipal em processos licitatórios. Diante dos elementos encontrados, a Justiça Federal determinou o afastamento e a suspensão provisória da secretária municipal de Saúde até o fim da investigação.

PF faz operação contra corrupção em secretaria de saúde de cidade do ES. (Divulgação | Polícia Federal)

Busca por Provas Adicionais
Durante a operação, foram realizadas buscas em locais relacionados aos investigados para recolher provas adicionais. Em nota divulgada à imprensa nesta sexta-feira (28), a Polícia Federal informou que a Operação Editor contou com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES). A ação envolveu 29 policiais federais e dois auditores da CGU.

Investigação Revela Diálogos Suspeitos e Aumento Patrimonial
As investigações começaram em agosto de 2023, após a PF obter diálogos suspeitos entre uma secretária municipal de Saúde e um empresário contratado para fornecer materiais e serviços hospitalares. A apuração revelou indícios de direcionamento de licitações e contratações públicas em favor do empresário desde 2020, além de possíveis pagamentos ilegais à servidora pública.

Além disso, foram encontrados indícios de aumento patrimonial e padrão de gastos incompatíveis com a renda familiar declarada da servidora. Em cooperação técnica com o TCE-ES, a PF analisou dados consolidados de empenhos até 2023, constatando que mais de 60% dos recursos recebidos pela empresa investigada originaram-se de contratos com o município, corroborando a hipótese de favorecimento ilícito.

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