O cenário da taxa de desocupação no Brasil apresentou variações ao longo dos últimos trimestres, com destaque para a queda de 1,1 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior. No trimestre encerrado em janeiro de 2025, a taxa de desocupação ficou em 6,5%, representando um aumento de 0,3 p.p. em comparação com o trimestre anterior.
População desocupada e ocupada
A população desocupada, que totalizou 7,2 milhões no último trimestre, registrou um crescimento de 5,3% em relação ao trimestre anterior. No entanto, houve uma queda significativa de 13,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, representando uma redução de 1,1 milhão de pessoas. Já a população ocupada, que atingiu 103,0 milhões de pessoas, apresentou uma queda de 0,6% no trimestre, mas um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior.
Taxa composta de subutilização e população subutilizada
A taxa composta de subutilização se manteve estável em 15,5% no trimestre, com uma queda de 2,0 p.p. em relação ao ano anterior. A população subutilizada, que totalizou 18,1 milhões de pessoas, permaneceu estável no trimestre, mas apresentou uma redução de 11,0% no ano, o que corresponde a menos 2,2 milhões de pessoas.
Por sua vez, a população subocupada por insuficiência de horas registrou uma queda tanto no trimestre (8,3%) quanto no ano (10,8%). Já a população fora da força de trabalho, que alcançou 66,8 milhões de pessoas, teve um aumento de 1,0% no trimestre e permaneceu estável no ano.
Emprego e informalidade
No que diz respeito ao mercado de trabalho, o número de empregados no setor privado com carteira assinada se manteve estável em 39,3 milhões, com um aumento de 3,6% no ano. Por outro lado, o número de empregados sem carteira no setor privado caiu no trimestre, mas cresceu 3,2% no ano. O setor público registrou uma redução de 2,8% no trimestre, mas uma expansão de 2,9% no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,3% da população ocupada, representando 39,5 milhões de trabalhadores informais. Esse índice apresentou uma leve queda em relação aos trimestres anteriores, indicando uma oscilação no mercado de trabalho informal.
Rendimento e ocupação por grupamentos de atividade
O rendimento real habitual de todos os trabalhos cresceu 1,4% no trimestre e 3,7% no ano, atingindo a marca de R$ 3.343. Já a massa de rendimento real habitual ficou estável no trimestre e teve um aumento de 6,2% no ano, totalizando R$ 339,5 bilhões.
A análise por grupamentos de atividade indicou que, em comparação com o trimestre anterior, cinco setores apresentaram crescimento, com destaque para a Indústria Geral, Construção, Comércio, Informação, Comunicação, Administração Pública e Outros serviços. No entanto, houve uma redução no número de trabalhadores nos setores de Agricultura e Administração Pública.
Rendimento médio mensal e posições de ocupação
O rendimento médio mensal real registrou aumentos em algumas categorias, tanto em relação ao trimestre anterior quanto ao mesmo período do ano anterior. Destaque para categorias como Transporte, Administração Pública, Outros Serviços e Construção, que apresentaram crescimento significativo em seus rendimentos.
Em relação às posições de ocupação, houve um aumento no rendimento de categorias como Empregado com carteira assinada, Trabalhador doméstico, Empregado no setor público e Conta-própria, indicando uma melhora na remuneração de diferentes grupos de trabalhadores.
Considerações finais
O cenário do mercado de trabalho brasileiro apresentou nuances ao longo dos últimos trimestres, com oscilações na taxa de desocupação, variações na população ocupada e desocupada, bem como mudanças nos rendimentos e na informalidade. Diante desse panorama, é fundamental acompanhar de perto as tendências do mercado de trabalho e as políticas públicas para garantir a geração de empregos e o bem-estar dos trabalhadores.
Portal IBGE