Para manter as contas no azul, o governo Hartung continua sem conceder a revisão geral anual aos servidores estaduais e com uma política de estagnação às custas da sociedade com cortes e investimentos paralisados em obras e serviços.
Em prestação de contas na Assembleia Legislativa, o secretário da Fazenda, Bruno Funchal, demonstrou que o governo conseguiu deixar em caixa R$ 324 milhões ao final do primeiro quadrimestre de 2017. Valor que poderia ser bem maior caso Hartung possuísse uma política fiscal eficiente de recuperação de impostos sonegados e revisão das renúncias fiscais, que se somados ultrapassam 20 bilhões.
No entanto, para evitar desgastes com seus financiadores de campanha, Hartung prefere não cumprir a legislação não concedendo a revisão geral que é direito dos servidores e ainda realizando cortes na manutenção e investimentos em áreas fundamentais como saúde, segurança e educação.
O Estado não está em uma profunda crise devido à ‘sorte’, visto que R$ 157 milhões desse total vieram de royalties motivado pela valorização do petróleo no mercado internacional. No fim de abril de 2017, a renda com o petróleo apresentou alta de 54%, chegando a R$ 418 milhões, o que significou o montante de R$ 157 milhões a mais do que o mesmo mês de 2016. Os números mostram que praticamente a metade do superávit do quadrimestre veio dos royalties do petróleo e das participações especiais.
O Sindicato dos servidores públicos, cobra do governo estadual que cumpra a legislação e continuará lutando nas instâncias jurídicas para garantir a revisão geral anual, bem como realizando os investimentos necessários para garantir serviços públicos de qualidade à toda sociedade, o que pode ser feito facilmente se forem cobrados os impostos devidos ao Estado pelos sonegadores e se a isenção fiscal não tirasse dos cofres públicos R$ 4 bilhões em 4 anos de Hartung.