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sábado, abril 20, 2024
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Vale não garanti o fim do pó preto

A poluição que sai do Complexo de Tubarão e atingi a Grande Vitória pode ser reduzida nos próximos anos, mas nem mesmo as empresas poluidoras sabem dizer quando a população ficará totalmente livre do pó preto.

Um relatório contratado pelo governo do Estado apontou falhas no combate ao pó preto e estabeleceu 191 ações que as empresas Vale e ArcelorMittal deveram cumpri.

O gerente de meio ambiente da Vale Romildo Fracalossi ressaltou que a empresa vai buscar soluções viáveis para aprimorar seus controles ambientais e reduzir a poluição, mas não garantiu o fim do pó preto. “As nossas emissões vão reduzir ao máximo. Nossa participação na poeira será reduzida, mas não podemos garantir que ela vai acabar, pois existem outras fontes que contribuem. Não sei se vai acabar, mas nosso objetivo é reduzir”, disse.

As ações deverão ser a curto (seis meses a um ano), médio (de um ano a dois anos) e longo prazos (até cinco anos), segundo o relatório elaborado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, que realizou vistorias no Complexo de Tubarão.

Nessas vistorias, foram constatadas as chamadas “emissões fugitivas”. São poluentes provenientes das esteiras do tombamento de vagões e do transporte do minério por caminhões. Nesses processos, o material escapa e é espalhado pelo vento, poluindo o ar e o mar.

Em nota, a ArcelorMittal informou que vai analisar o conteúdo do relatório antes de se pronunciar. “A empresa ratifica seu compromisso com a questão ambiental e afirma que tem investido continuamente em melhorias da sua gestão. Ainda neste ano, vai investir 20 milhões de dólares em iniciativas que otimizem seus controles ambientais”, disse trecho da nota da empresa.

Em fevereiro, a siderúrgica inaugurou um novo sistema que promete reduzir em 18% a emissão dos poluentes. Apesar disso, a empresa vai continuar emitindo 195 kg de material particulado (carbono e ferro) por hora no ar da Grande Vitória. Enquanto isso, os moradores continuam convivendo com o problema.

Para o presidente da Associação de Moradores de Jardim Camburi, Enoque Sampaio, os moradores precisam acompanhar o caso de perto. “Precisamos acompanhar o que foi proposto e o que vai ser executado. Queremos ouvir das empresas o que elas vão fazer, o que é possível ou não”, disse.

 

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