A Polícia Civil do Espírito Santo, por meio da Delegacia de Polícia de Marataízes, prendeu na última quarta-feira (24) D.O.C., de 27 anos, acusado de latrocínio contra Licéria Batista Silva, de 61 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia anterior, na localidade de Jacarandá, interior do município.
De acordo com as investigações, após consumir cachaça, maconha e crack, o suspeito invadiu a residência da vítima com a intenção de cometer um furto. Licéria flagrou o invasor, e ele a atacou, aplicando um golpe conhecido como “mata-leão”, que resultou na morte por asfixia. Durante o ataque, a idosa tentou se defender, deixando arranhões no suspeito.
A esposa de D.O.C., identificada como A.P.B., relatou à polícia que percebeu sua ausência por volta das 3h da madrugada. Mais tarde, ao notar a movimentação policial na casa da vítima, questionou o marido sobre o ocorrido. Segundo ela, ele confessou ter entrado na casa de Licéria e, ao ser flagrado, fugiu sem levar nenhum objeto. O casal, então, foi até a praia para evitar chamar atenção.
Diante da repercussão do caso, a Delegacia de Marataízes mobilizou uma operação para localizar o suspeito. Informações preliminares apontavam D.O.C. como o autor do crime, e a ausência dele em sua residência e na casa de familiares reforçou as suspeitas. Após buscas intensas, os policiais obtiveram a informação de que o suspeito e a esposa estavam retornando da praia.
Uma ação de vigilância foi montada nas proximidades da casa do padrasto de D.O.C. Na manhã da última quarta-feira, os agentes avistaram o suspeito empurrando um carrinho em uma rua próxima. Durante a abordagem, ele confessou o crime e foi preso em flagrante.
Na cena do crime, os investigadores encontraram um punhal no quintal da residência da vítima. O objeto, segundo o depoimento do suspeito, teria caído de sua cintura durante a fuga.
D.O.C. foi autuado por latrocínio consumado e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Marataízes, onde aguardará a audiência de custódia. O caso gerou grande comoção na localidade de Jacarandá, onde Licéria, uma evangélica conhecida e respeitada, era considerada uma pessoa pacífica e querida pela comunidade.