Na Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), os Médicos-legistas fazem parte da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), e são os profissionais responsáveis por apresentar provas, por meio de um conhecimento técnico e científico, visando a esclarecer os fatos duvidosos ou controvertidos que serão utilizados em questões criminais, cíveis, trabalhistas ou em qualquer área de saúde, se assim for nomeado.
No Espírito Santo, os Médicos-legistas atuam no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória e também nos Serviços Médicos Legais (SMLs) de Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e Colatina.
Além disso, esses profissionais podem ser requeridos para participar de audiências, júris e oitivas, bem como se deslocarem a hospitais, clínicas e residências, para realizarem exames externos.
Atuando no Departamento Médico Legal (DML), o médico-legista Rodrigo Lugão é um exemplo desses profissionais dentro da Polícia Civil do Espírito Santo. Ele, que atua nesta área desde 2014, quando ingressou na PCES, destacou a importância desta data.
“É um dia importante, pois foi escolhido para homenagear esses profissionais que atuam com muito engajamento no auxílio da Justiça, buscando a verdade, para o benefício de uma sociedade inteira”, disse.
Lugão, que é formado em Medicina na Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia (Emescam), disse que começou a ter interesse na área pericial desde o primeiro contato com a disciplina Medicina Legal, na época nos bancos da faculdade. Ele destaca ainda como as avaliações clínicas feitas em pessoas vivas podem contribuir para a comprovação ou não comprovação de determinado crime.
“Um dos pilares da perícia é o visum et repertum, ou seja, ver e reportar. Então, quando um fato delituoso deixa marcas, o médico analisa as lesões externas da vítima, bem como avalia prontuários médicos (quando disponíveis), interpreta suas consequências e reporta o que viu no laudo pericial”, informou o médico legista.
Por fim, Rodrigo Lugão falou sobre o caso mais marcante de sua carreira.
“Foi o caso de uma criança muito carente, de 08 anos, que foi violentada pelo líder religioso de sua comunidade. Até hoje a imagem do exame das lesões causadas no seu frágil corpo, não saem da minha memória”, destacou.
Texto: Victória Meireles, estagiária da Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi).
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