A ação da PCES contou com o apoio do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), e do 19º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
Durante o andamento do inquérito policial, as equipes da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vitória chegaram à informação de que o acusado estaria escondido no município de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. As informações foram repassadas para as autoridades policiais do município, o que resultou na prisão do suspeito.
Após a prisão, o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça do Espírito Santo. “Ele vai ser recambiado pela Secretaria da Justiça (Sejus), após solicitação do Poder Judiciário”, disse o titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti.
O crime
No dia 07 de junho de 2022, um técnico de telecomunicações de 46 anos foi morto no bairro Joana D’arc, em Vitória, após ser vítima de uma emboscada. O crime foi arquitetado por dois irmãos, uma mulher de 28 anos e um homem de 24, após terem recebido a informação inverídica de que a vítima estava interessada na namorada do homem de 24 anos, que é menor de idade.
Após o relato, a dupla se reuniu com a adolescente e planejou o assassinato. Como a adolescente já havia prestado alguns serviços para a vítima no passado, ela era considerada uma “pessoa de confiança”, o que facilitaria a ação criminosa.
A emboscada consistia em marcar um encontro entre a adolescente e a vítima, atraindo-a para o bairro Resistência, em Vitória, onde a adolescente entregaria uma camiseta para o homem. Posteriormente, ele seria levado pelo namorado da adolescente até o alto da pedreira de Joana D’arc, onde seria executado.
Tudo ocorreu conforme o planejado. O suspeito de 24 anos levou o homem para o alto da pedreira, onde ele foi agredido até a morte por outros dois acusados, de 18 e 16 anos. Ele foi ferido com golpes de martelo, machado e pedaços de madeira, e os objetos pessoais dele foram subtraídos. O cadáver foi atirado num lago após os envolvidos constatarem que o homem se encontrava sem vida.
Um dia após a execução, a organização criminosa que comanda o tráfico de drogas no bairro Conquista tomou conhecimento do crime e os chefes do tráfico obrigaram o homem de 24 anos a retirar o cadáver da vítima do lago. Diante das ordens, o suspeito seguiu até a lagoa com outros três homens, de 31, 21 e 34 anos. O grupo retirou o corpo das águas e o deixou no bairro Santa Luíza, em Vitória, e realizaram diversas transações com os cartões da vítima.
Segundo o delegado Marcelo Cavalcanti, o rumor de que a vítima estaria cortejando a namorada de um dos envolvidos não foi confirmado durante o período de investigações. “O crime foi motivado pela vítima ter supostamente cortejado a adolescente de 16 anos, que é namorada de um dos envolvidos. Porém, isso não pôde ser constatado durante a investigação, o que nos leva a concluir que a vítima foi executada por um motivo completamente mentiroso e fútil, sem ter a menor chance de se defender das acusações”, relatou o delegado.
Texto: Rachel Nunes, estagiária da Assessoria de Comunicação SESP
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Fonte: Polícia Civil ES – Confira + em PC ES.