spot_img
26 C
Vitória
quinta-feira, maio 9, 2024
quinta-feira, 9 maio 2024

Deputados aprovam fundo para socorrer empreendedor

Parlamentares deixaram para Executivo decidir sobre obrigatoriedade de manutenção de empregos para empresa que recorrer a crédito

Por Marcos Bonn

Tela exibe imagens de deputados em sessão virtual
Proposta, que facilita acesso a crédito, recebeu duas emendas e segue para análise do Executivo / Foto: Ana Salles
Após ampla discussão, os deputados aprovaram, na sessão extraordinária virtual desta quarta-feira (24), o Projeto de Lei (PL) 95/2021, que cria o Fundo de Proteção ao Emprego. A medida, que visa mitigar os efeitos da crise econômica provocada pela pandemia, facilitando o acesso de empreendedores ao crédito, foi acatada com duas emendas.

Uma das alterações partiu do deputado Marcelo Santos (Pode) e estabelece prazo de até 90 dias para que o Bandes dê uma resposta sobre os pedidos de empréstimos apresentados. Inicialmente o parlamentar havia sugerido prazo de 30 dias, mas foi convencido pelo líder do governo, Dary Pagung, e Freitas (ambos do PSB), de que seria pouco tempo diante da alta demanda projetada.

A outra emenda deixou sob responsabilidade do governo do Estado decidir, por meio de regulamentação da lei, os parâmetros de garantia de emprego conforme os moldes do crédito contraído. Essa foi a saída encontrada pelo relator da matéria nas comissões conjuntas, Gandini (Cidadania), diante da falta de acordo entre as sugestões.

As parlamentares Iriny Lopes (PT) e Janete de Sá (PMN) defenderam que empresas contempladas com o benefício deveriam manter os postos de trabalho (evitando demissões) por um determinado período. “Esse projeto do governo só vai se caracterizar de acordo com a ementa na hipótese de garantir os empregos hoje existentes”, avaliou a petista.

Por outro lado, Dr. Rafael Favatto (Patri) argumentou que tal obrigatoriedade só seria viável do ponto de vista econômico para quem recorresse a empréstimos mais altos. Ele chegou a apresentar sugestão estipulando que empresas beneficiadas com crédito de pelo menos R$ 100 mil deveriam manter o empregado por um ano.

Caso contrário, projetou que a obrigatoriedade de estabilidade do trabalhador aplicada indiscriminadamente sobre quaisquer valores de crédito contraídos poderia ter o efeito reverso e afastar quem precisa desse auxílio. Alexandre Xambinho (PL) concordou com o prazo de um ano como garantia de emprego apresentado pelo colega.

“Se uma pessoa que vai acessar esse fundo, que pega um empréstimo de R$ 5 mil ou R$ 10 mil, (isso) inviabiliza o empréstimo se tiver uma (obrigatoriedade) de manutenção do emprego”, destacou Favatto.

Freitas adiantou que o fundo disponibilizará créditos que variam de R$ 1 mil a 50 mil – totalizando inicialmente R$ 250 milhões. Na sua concepção, seria “injusto e burocrático a gente estabelecer uma emenda obrigando a empresa a manter o emprego”. Conforme afirmou, uma empresa que se mantém aberta automaticamente garante os empregos. “É uma medida de socorro”, frisou.

Os deputados Adilson Espindula (PTB), Theodorico Ferraço (DEM), Marcos Garcia e Luciano Machado (ambos do PV) pediram que as alterações apresentadas nesse sentido fossem deixadas para o Executivo. Os parlamentares demonstraram receio de que a falta de entendimento em torno do tema atrasasse a vigência do auxílio aos empreendedores.

publicidadespot_img
Vitória
céu pouco nublado
26 ° C
26 °
25.9 °
90 %
2.1kmh
20 %
sex
27 °
sáb
28 °
dom
30 °
seg
32 °
ter
26 °

Siga nossas redes

2,177FansLike
3,912FollowersFollow
14,300SubscribersSubscribe

Confira Também