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quinta-feira, maio 2, 2024
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Documentário surpreende ao mostrar Anchieta com suas histórias e estórias

Em Cada Recanto tem seu Encanto” é o título do documentário que conta enredo da antiga aldeia de Reritiba, hoje Anchieta, no sul capixaba.

Vencedor do Edital de seleção e concessão de Prêmio Anchieta Arte e Cultura edição de 2022, promovido pela Gerência Estratégica de Cultura e Patrimônio Histórico da Prefeitura de Anchieta, o documentário registra cinco pontos específicos que tem em sua tônica a cultura, arte e história do povo anchietense.

O documentário “Em Cada Recanto tem seu Encanto” será exibido nas comunidades que foram contempladas e também será disponibilizado nas bibliotecas de escolas municipais e estaduais, além das plataformas digitais na internet através dos endereços:https://www.youtube.com/@emcadarecantotemseuencanto e redes sociais. Seu objetivo é ser instrumento de ensino, provendo a cultura e o turismo.

De acordo com o diretor geral, Dhyovaine Nascimento a sensibilidade é o diferencial do documentário. “Não se irá apresentar o verniz de uma cidade, a casca vazia de uma atração turística, a imagem fossilizada de cinco pontos no mapa. A ideia é apostar na sua anima, a sua alma, ou seja, nas pessoas que vivem em recantos de Anchieta e, apresentar tradições culturais de belíssimo conteúdo imagético e histórico-cultural, na poética das imagens/pessoas/espaços, enfim, quadros da história e das estórias de Anchieta”  destaca o idealizador.

Conduzidos por um roteiro cheio de cores e emoções, o documentário apresenta histórias e estórias que ao passar dos anos vai  perdendo suas características. Resgatar e relembrar fatos também é o objetivo desse filme, bem como o registro neste tempo das pessoas que estudam ou sabem daquele fato histórico e cultural.

A Dra. Maria José dos Santos Cunha, professora e investigadora em História Regional do Espírito Santo, afirma que o documentário possui diversas finalidades.  “Trata-se de resgatar, preservar e divulgar comunidades com tradições culturais marcantes. Outra vertente foi a de produzir um material com o qual os professores possam utilizar nas escolas para trabalhar a história local e que os setores do turismo e da cultura do município possam usar como material em exposições e mostras para visitantes”.

Recantos e seus encantos 

Porque foi construído o Busto de São José de Anchieta? Inaugurado em 1922, construído a pedido de Dom Helvécio Gomes de Oliveira e Dom Emanuel Gomes de Oliveira, bispos católicos  que organizaram a primeira romaria rumo ao quarto do então venerável São José de Anchieta, incentivando essa devoção. A obra celebra em Anchieta a independência do Brasil e partilha simbolismo com a autonomia do povo local, fato apagado das memórias anchietenses. Celebrar “Cem anos do busto de São José de Anchieta” é reviver a história da devoção aquele que contribuiu com a evangelização do Brasil.

“O alvoroço do mangangá” memória sociocultural da comunidade de São Mateus retrata  a realidade afrodescendente através do jongo dança de roda de origem africana do tipo batuque ou samba, com acompanhamento de tambores, solista no centro, e cujo canto é do tipo estrofe e refrão. No documentário é possível conhecer o Projeto Tambores na Aprendizagem que  está inserido na Escola São Mateus há 12 anos e reflete a cultura da comunidade ao entorno do núcleo escolar.

Em Alto Pongal o relato de um “Novo templo para novo tempo” são memórias afetivas da evolução da comunidade através das mudanças dos edifícios da igreja traz a baila a imigração italiana e sua espiritualidade nas terras de Anchieta. A união de uma comunidade ao redor do altar e da força da oração é o tema evocado neste local.

Já em Mãe-Bá a temática é “Piritima, o peixe que vira mulher”.  A  lagoa de Mãe Bá, pertencente à sesmaria dos índios de Reritigba, local de pescarias abundantes, gerou sua própria lenda e expressão folclórica. Para explicar a origem da Piritima, Marli  Rodrigues Simões Gonçalves,  promotora cultural e criadora do folclore, narra como a comunidade durante muito anos pescou o peixe carapicu que em Mãe Bá recebia o título de Piritima, A  personagem Piritima surgiu através da Festa do Baiacu e envolve toda a comunidade

Em Ubu o resgate do fato da cultura “quintas do mar” expressão portuguesa que significa sítio, nesse contexto designa a criatórios de peixe pelos índios e depois aperfeiçoados por técnicas como anzol com a chegada dos jesuítas.  Na Orla de Ubu  há uma lenda que já percorre séculos a expressão “Abá ubu”, acredita-se que o padre José de Anchieta teria sido colocado ao chão ou caído durante seu trajeto fúnebre rumo ao sepultamento em Vitória. É provável que os índios tenham feito uma parada para homenageá-lo.

O documentário “Em Cada Recanto tem seu Encanto” será exibido nas comunidades que foram contempladas e também será disponibilizado nas bibliotecas de escolas municipais e estaduais, além das plataformas digitais na internet através dos endereços: https://www.youtube.com/@emcadarecantotemseuencanto e redes sociais . Seu objetivo é ser instrumento de ensino, provendo a cultura e o turismo. “O documentário é o retrato da trajetória de luta do povo e regionalidade para identificar a influência da regionalização na identidade, além de divulgar os atrativos turísticos, culturais. Esse documentário também pode ser discutido em sala de aula com professores de outras disciplinas, como sociologia e história” afirma Dhyovaine Nascimento produtor cultural e diretor geral.

Serviço 

Documentário Em Cada Recanto tem seu Encanto

Dhyovaine Nascimento – Diretor geral

Email: [email protected]

Telefone: 27 99667-2892

Instagram: https://instagram.com/emcadarecantotemseuencanto

Link do documentário: https://www.youtube.com/@emcadarecantotemseuencanto

Imagem: Reprodução/Divulgação do Documentário

 

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