quinta-feira, julho 3, 2025
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Morre o Papa Francisco, símbolo de esperança e justiça no século XXI

Francisco faleceu aos 88 anos no Vaticano. Sua partida encerra uma era marcada pela coragem, simplicidade e defesa dos mais vulneráveis.

Por Fabiano Peixoto

O mundo acordou mais silencioso nesta segunda-feira, 21 de abril de 2025. Às 2h35 da madrugada, no horário de Roma, a Santa Sé confirmou o falecimento do Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, aos 88 anos, na Casa Santa Marta, onde viveu desde o início de seu pontificado. O anúncio oficial foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, Camerlengo da Câmara Apostólica, dando início ao tradicional protocolo de despedida de um líder supremo da Igreja Católica.

Francisco não foi apenas o 266º papa da história. Foi o primeiro jesuíta, o primeiro das Américas, o primeiro a adotar o nome inspirado em São Francisco de Assis — e talvez o primeiro em séculos a transformar tão profundamente a maneira de ser Igreja. Com ele, o Evangelho ganhou pés, mãos e voz nos cantos esquecidos do planeta.

Desde o simbólico “Buona sera” pronunciado da sacada da Basílica de São Pedro em 13 de março de 2013, Bergoglio mostrou a que vinha: uma revolução silenciosa, feita com ternura e firmeza. Denunciou injustiças sociais, confrontou estruturas internas da Igreja, estendeu pontes com outras religiões e pediu ao mundo que cuidasse dos pobres, dos imigrantes, da Casa Comum.

Francisco lavou os pés de mulheres e muçulmanos, condenou o fascismo, abraçou pessoas LGBTQIA+, visitou prisões, esteve nas periferias – e fez de cada gesto um testemunho vivo do Cristo que caminha entre os mais humildes. Foi pastor, profeta e irmão. E, para muitos, um santo ainda em vida.

Sua morte comoveu o planeta. De Buenos Aires a Bangui, de Roma a Manila, líderes políticos, religiosos e milhões de fiéis expressaram sua gratidão. Em nota oficial, o Vaticano declarou:
“O Papa Francisco quis uma Igreja que levasse alegria e esperança aos pobres, promovesse a paz entre os homens e cuidasse da criação. Que essa esperança siga renascendo, mesmo após sua partida.”

Nascido em 1936, na capital argentina, Bergoglio viveu uma juventude marcada pela simplicidade e pela firmeza de valores. Como arcebispo de Buenos Aires, destacou-se por seu compromisso com os mais pobres, especialmente durante a crise econômica de 2001. Tornou-se cardeal e, mais tarde, o primeiro papa latino-americano da história — num momento em que a Igreja ansiava por renovação.

Agora, com sua partida, tem início o rito milenar que rege a sucessão papal. Conforme a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, de 1996, o processo começa com a verificação oficial da morte, a lacração dos aposentos e a notificação ao Colégio dos Cardeais. Durante nove dias, missas serão celebradas em sufrágio da alma de Francisco. Serão também destruídos o anel do pescador e o selo papal — encerrando formalmente seu pontificado.

Mas o legado de Francisco não se apaga. Fica nos corações tocados por sua compaixão. Nos pobres que encontraram dignidade. Nos jovens que descobriram sentido. Na Igreja que ele ousou sonhar: mais simples, mais justa, mais próxima do povo.

*Grifo nosso – Nota do jornalista Fabiano Peixoto: “Hoje, o mundo perde um líder, um renovador. E a história, um santo de nosso tempo, do século XXI”.

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