Segundo as investigações da Polícia Civil, o duplo homicídio do dia 10 de novembro foi motivado pela guerra do tráfico de drogas na região. No dia do delito, cinco homens se passaram por policiais civis e invadiram uma residência, colocaram a filha do casal para fora da casa e, posteriormente, executaram as vítimas com 76 tiros. Uma das vítimas, o homem executado, era aliado de um dos acusados e era parceiro deste no tráfico de drogas local, porém, segundo relatos dos suspeitos, ele não estava repassando o lucro do tráfico de drogas para um dos executores.
Já o crime ocorrido no dia 16 de novembro, foi motivado pela tentativa de retomada do tráfico no bairro Jardim Carapina, empreendida por um homem que está sendo procurado pela Polícia Civil. O inquérito policial instaurado pela PCES revelou que o acusado contava com o apoio de traficantes dos bairros Chácara Parreiral e de alguns morros de Vitória, tendo o objetivo de chegar ao poder no tráfico da Região Metropolitana.
Em posse de todas as informações necessárias para a prisão dos possíveis envolvidos, equipes da DHPP Serra se deslocaram até o bairro Chácara Parreiral, para o início das diligências. Numa ação simultânea na localidade, os policiais tiveram êxito em prender quatro pessoas e apreender diversos objetos utilizados na prática criminosa.
Durante uma das prisões, um dos suspeitos, um homem de 34 anos, tentou empreender fuga e apontou uma arma para os policiais, porém, em meio a ação, ele se feriu e foi detido pela Polícia Civil. Com ele, foram apreendidas uma pistola 9mm adaptada com seletor de rajada, dois carregadores e 25 munições.
Na segunda residência, três suspeitos, dois homens de 26 e 31 anos, e uma mulher de 30 anos foram encontrados e detidos pelos policiais. Antes da prisão, um dos indivíduos, o de 31 anos, pulou do corredor do segundo andar, ignorou a voz de comando dada pelos policiais e apontou uma pistola para a equipe da DHPP, mas foi rapidamente contido.
Lá, os policiais apreenderam três celulares, uma pistola calibre 9mm com seletor de rajada, uma metralhadora .380 de fabricação artesanal, R$ 340 em dinheiro, oito pinos de cocaína, 18 buchas de maconha, 30 pedras de crack, 90 munições e dois carregadores.
Três dos detidos têm passagens pela Polícia e chegaram a cumprir pena no sistema prisional. O homem de 34 anos é chefe do tráfico de drogas no bairro Chácara Parreiral e estava foragido do sistema penitenciário desde maio desde ano. O outro homem, de 31, saiu recentemente da prisão e estava tentando retomar o poder do tráfico de drogas no bairro Maringá, e a mulher de 30 anos faz parte do tráfico de Chácara Parreiral e foi presa pela DHPP da Serra em 2018, após cometer um homicídio.
Segundo o delegado titular da DHPP da Serra, Rodrigo Sandi Mori, as prisões dos quatro indivíduos é de extrema importância para a região. “A prisão dessas pessoas é de suma importância pois interrompe a sequência de homicídios que vinha acontecendo na Serra. Assim, nós impedimos outras mortes, visto que os suspeitos tinham uma lista com nomes de pessoas que estavam na mira de execução nos bairros Maringá, Jardim Carapina e Central Carapina”, relatou o delegado. “Com nossa ação, conseguimos retomar a paz social nesses bairros”, completou.
O delegado também informou que um dos investigados, responsável pelo homicídio em Jardim Carapina, é alvo prioritário da delegacia. “Este homem é foragido do sistema penitenciário e é alvo número um da nossa delegacia. Nós não vamos sossegar até prender ele, seja no município da Serra, nos morros de Vitória ou onde ele estiver: nós iremos atrás”, afirmou. Atualmente, o acusado se encontra na lista atualizada dos 10 criminosos mais procurados do Espírito Santo.
As investigações permanecem em andamento para identificar demais envolvidos nas práticas criminosas que têm ligação com os detidos.
A colaboração da população é muito importante para o trabalho da Polícia Civil. Caso você tenha informação sobre algum delito ou saiba do paradeiro de algum foragido, você pode registrar uma denúncia no Disque-Denúncia 181. O anonimato é garantido.
Texto: Rachel Nunes, estagiária da Assessoria de Comunicação SESP
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Fonte: Polícia Civil ES – Confira + em PC ES.