O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça Judicial e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), informa que, após a deflagração da Operação Rubi, no dia 08/05, apurações continuam com as análises dos materiais apreendidos e interrogatório dos investigados presos, nos próximos dias. Todos os investigados que foram alvos de busca e apreensão, mas não tiveram pedido de prisão solicitado pelo MPES, também serão ouvidos pelos membros do Gaeco. O caso segue sob sigilo de Justiça.
Presos
Mais um desdobramento da Operação Rubi aconteceu na manhã de sábado(11) em Presidente Kennedy. O secretário de Assistência Social, Leandro da Costa Rainha, foi detido em sua residência por volta de 10h30 e encaminhado para a delegacia de Itapemirim para depor e após será levado para o presídio de Xuri, em Vila Velha.
Além de Leandro, o contador Isaias Pacheco do Espírito Santo; o secretário de Desenvolvimento Econômico de Presidente Kennedy, José Augusto Rodrigues de Paiva; a prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta Rangel; o empresário Marcelo Marcondes Soares; e o motorista Cristiano Graça Souto tiveram a prisão preventiva decretada. O empresário José Carlos Marcondes Soares, que está foragido, teve a prisão temporária convertida em preventiva pelo relator do processo no TJES, atendendo a requerimentos do MPES.
Operação Rubi
constituída para lesar os cofres públicos dos municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Jaguaré e Piúma por direcionamento licitatório em favor de pessoas jurídicas contratadas, pagamento de vantagem indevida a agentes públicos e superfaturamento de contratos administrativos de prestação de serviço público.
As investigações do Gaeco, com o apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e parceria do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCEES), tiveram início em 2018 e colheram fortes indícios de que agentes políticos e servidores municipais recebiam propina de empresários dos ramos de limpeza pública e transporte coletivo. Esses valores pagos eram uma forma de retribuição por receberem benefícios financeiros em licitações e contratos, levando ao enriquecimento indevido dos envolvidos.