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quinta-feira, maio 9, 2024
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Campanha Dezembro Vermelho alerta para prevenção das ISTs – Notícias de Barra de São Francisco


 

 


Márcia Regina de Souza, coordenadora do SAE/CTA de Barra de São Francisco

O mês de dezembro marca o início da campanha Dezembro Vermelho, que chama atenção da sociedade para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), principalmente aquela causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que ataca o sistema imunológico responsável pelas defesas do organismo e causa a aids, a síndrome da imunodeficiência humana. O Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) da Secretaria de Saúde de Barra de São Francisco atende pacientes portadores de HIV, Hepatites B e C, sendo 95 portadores de HIV, 42 com Hepatite B e 9 com Hepatite C.


A assistente social e coordenadora do SAE/CTA de Barra de São Francisco, Márcia Regina de Souza, alerta para a importância da testagem para identificar a infecção pelo HIV o quanto antes e iniciar o tratamento com os medicamentos antirretrovirais para ter mais chances de o paciente desfrutar de uma melhor qualidade de vida.

“Todas as pessoas que têm vida sexual ativa sem proteção podem estar infectadas pelo HIV e não saber, já que na maior parte das vezes não há sintomas no início. É importante realizar testes para saber se a pessoa está infectada e, em caso positivo, dar início ao tratamento que não deve ser interrompido”, ressalta Márcia Regina.

A coordenadora destaca que, além de cuidar da saúde evitando a evolução da doença, a pessoa infectada que está em tratamento com antirretrovirais também não transmite o HIV para as parcerias sexuais quando a carga viral é indetectável em exames de rotina. “Uma gestante soropositiva, realizando o tratamento adequado e não amamentando o seu bebê após o nascimento, também torna o risco de transmissão à criança muito pequeno”, explica Márcia Regina.

O diagnóstico precoce pode ser realizado por meio dos testes rápidos para o HIV, sífilis, hepatite B, hepatite C, que são gratuitos e disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde  de Barra de São Francisco. O resultado do exame é disponibilizado em apenas 30 minutos.

Prevenção combinada

Além da testagem específica do HIV, é importante destacar a existência da prevenção combinada, que associa diferentes métodos contra as IST, como sífilis e as hepatites B e C, incluindo as testagens realizadas gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Outras formas de combater as IST são:

– Prevenção da transmissão vertical do HIV (quando o vírus é transmitido para o bebê durante a gravidez);

– Tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais;

– Imunização para as Hepatites A e B;

– Programas de redução de danos para usuários de álcool e outras substâncias;

– Oferta das profilaxias pré-exposição e pós-exposição;

– Tratamento de pessoas que já vivem com HIV.

Todos esses métodos podem ser utilizados pela pessoa isoladamente ou combinados. Apesar de ainda não existir a cura para a infecção do HIV/Aids, se a pessoa infectada realizar adequadamente o tratamento, é possível reduzir a carga viral até torná-la indetectável, o que faz o vírus perder o poder de ataque às células de defesa. Dessa forma, a pessoa pode levar uma vida normal, inclusive não transmitindo o vírus para outras pessoas, mesmo em situações de risco.

A equipe de trabalho do Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento de  Barra de São Francisco é formado por Márcia Regina de Souza, coordenadora; Emanuelle Assad, médica infectologista; Maria de Fátima Pimenta, farmacêutica; Marcilene Alves da Rocha Araújo e Claudia Luiza Rodrigues, técnicas em enfermagem. O endereço é Rua Coronel Djalma Borges esquina com a Rua Astrogildo Romão dos Anjos. Telefone (27) 3756-8000 ramal 2061.

 

Aids

 

A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

 

Os pacientes soropositivos, que têm ou não AIDS, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

 

HIV

 

O HIV é uma Infecção Sexualmente Transmissível. Esse vírus compartilha algumas propriedades comuns, como por exemplo:

•    período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença;

•    infecção das células do sangue e do sistema nervoso;

•    supressão do sistema imune.

 

Ter HIV não é o mesmo que ter Aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.

 

 

O que é sistema imunológico?

 

O corpo reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.

Entre as células de defesa estão os linfócitos T-CD4+, principais alvos do HIV, vírus causador da aids, e do HTLV, vírus causador de outro tipo de doença sexualmente transmissível. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante dos agressores. Produzidos na glândula timo, eles aprendem a memorizar, reconhecer e destruir os microrganismos estranhos que entram no corpo humano.

O HIV liga-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem aids.

 

Todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com antirretrovirais imediatamente, e, assim, poupar o seu sistema imunológico. Esses medicamentos (coquetel) impedem que o vírus se replique dentro das células T-CD4+ e evitam, assim, que a imunidade caia e que a aids apareça.

 

 

O que é janela imunológica?

 

Janela imunológica é o intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do organismo. Na maioria dos casos, a duração da janela imunológica é de 30 dias. Porém, esse período pode variar, dependendo da reação do organismo do indivíduo frente à infecção e do tipo do teste (método utilizado e sensibilidade).

Se um teste para detecção de anticorpos anti-HIV é realizado durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de gerar um resultado não reagente, mesmo que a pessoa esteja infectada. Dessa forma, recomenda-se que, nos casos de testes com resultados não reagentes em que permaneça a suspeita de infecção pelo HIV, a testagem seja repetida após 30 dias com a coleta de uma nova amostra.

É importante ressaltar que, no período de janela imunológica, o vírus do HIV já pode ser transmitido, mesmo nos casos em que o resultado do teste que detecta anticorpos anti-HIV for não reagente.

 

 

Como ocorre a transmissão da AIDS / HIV?

 

A transmissão do HIV e, por consequência da AIDS, acontece das seguintes formas:

•    Sexo vaginal sem camisinha.

•    Sexo anal sem camisinha.

•    Sexo oral sem camisinha.

•    Uso de seringa por mais de uma pessoa.

•    Transfusão de sangue contaminado.

•    Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação.

•    Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

 

Condutas que não transmitem a Aids

 

É importante quebrar mitos e tabus, esclarecendo que a pessoa infectada com HIV ou que já tenha manifestado a AIDS não transmitem a doença das seguintes formas:

•    Sexo, desde que se use corretamente a camisinha.

•    Masturbação a dois.

•    Beijo no rosto ou na boca.

•    Suor e lágrima.

•    Picada de inseto.

•    Aperto de mão ou abraço.

•    Sabonete/toalha/lençóis.

•    Talheres/copos.

•    Assento de ônibus.

•    Piscina.

•    Banheiro.

•    Doação de sangue.

•    Pelo ar.

 

Como é feito o diagnóstico?

 

Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de vida.

Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o teste anti-HIV. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Os exames podem ser feitos de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento para facilitar a correta interpretação do resultado pelo(a) usuário(a). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).

 

As mães que vivem com HIV têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

 

 

Quais são os sintomas?

 

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de três a seis semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida.

A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.

Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, procure uma unidade de saúde imediatamente, informe-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e faça o teste.

 

 

Tratamento

 

Nos últimos anos, foram obtidos grandes avanços no conhecimento da patogênese da infecção pelo HIV e várias drogas anti-retrovirais em uso combinado, chamado de “coquetel”, se mostram eficazes na elevação da contagem de linfócitos T CD4+ e redução nos títulos plasmáticos de RNA do HIV (carga viral), diminuindo a progressão da doença e levando a uma redução da incidência das complicações oportunísticas, uma redução da mortalidade, uma maior sobrevida, bem como a uma significativa melhora na qualidade de vida dos indivíduos.

 

Aids em crianças

 

Critérios de definição de caso de aids em crianças (menores de 13 anos)

Critério CDC adaptado:

•    Evidência laboratorial da infecção pelo HIV em crianças para fins de vigilância epidemiológica

•    Evidência de imunodeficiência

•    Diagnóstico de pelo menos duas (2) doenças indicativas de aids de caráter leve

e/ou

•    Diagnóstico de pelo menos uma (1) doença indicativa de aids de caráter moderado ou grave

e/ou

•    Contagem de linfócitos T CD4+ menor do que o esperado para a idade atual

ou

•    Critério excepcional óbito

•    Menção de AIDS/SIDA (ou termos equivalentes) em algum dos campos da Declaração de Óbito (DO)

•    Investigação epidemiológica inconclusiva

ou

•    Menção de infecção pelo HIV (ou termos equivalentes) em algum dos campos da DO, além de doença(s) associada(s) à infecção pelo HIV.

•    Investigação epidemiológica inconclusiva

 

 

•    Doenças, sinais e sintomas de caráter leve

o    Aumento crônico de parótida;

o    Dermatite persistente;

o    Esplenomegalia;

o    Hepatomegalia;

o    Linfadenopatia e infecções persistentes ou recorrentes de vias aéreas superiores (otite média ou sinusite).

•    Doenças, sinais e sintomas de caráter moderado

o    Anemia (mais de 30 dias);

o    Candidose oral resistente a tratamento (mais de 2 meses em maiores de 6 meses de idade);

o    Diarréia persistente ou crônica; febre (mais de 1 mês);

o    Gengivo-estomatite herpética recorrente (2 episódios em 1 ano); hepatite;

o    Herpes simples em brônquios, pulmões ou trato gastrintestinal antes de 1 mês de idade;

o    Herpes zoster (2 episódios ou mais de 1 dermátomo);

o    Infecção por citomegalovirus antes de 1 mês de idade;

o    Leiomiossarcoma;

o    Meningite bacteriana, pneumonia ou sepse;

o    Miocardiopatia;

o    Nefropatia;

o    Linfopenia;

o    Neutropenia (mais de 1 mês);

o    Nocardiose;

o    Pneumonia linfóide intersticial;

o    Toxoplasmose antes de 1 mês de idade;

o    Trombocitopenia (mais de 1 mês);

o    Tuberculose pulmonar;

o    Varicela disseminada.

•    Doenças, sinais e sintomas de caráter grave

o    Candidose de esôfago;

o    Traqueia, brônquios ou pulmões;

o    Citomegalovirose em qualquer local que não sejam fígado, baço e linfonodos em maiores de 1 mês de idade;

o    Criptococose pulmonar;

o    Criptosporidiose, com diarreia (mais de 1 mês);

o    Encefalopatia determinada pelo HIV;

o    Herpes simples em brônquios, pulmões ou trato gastrintestinal;

o    Herpes simples mucocutâneo (mais de 1 mês) em crianças com mais de 1 mês de idade;

o    Histoplasmose disseminada (em órgãos que não sejam pulmões ou linfonodos cervicais/hilares;

o    Infecções bacterianas graves múltiplas e recorrentes (2 episódios em 2 anos, confirmados bacteriologicamente; isosporidiose intestinal crônica (mais de 1 mês);

o    Leucoencefalopatia multifocal progressiva;

o    Linfoma não Hodgkin de células B;

o    Linfoma primário de cérebro;

o    Pneumonia por Pneumocystis carinii: qualquer micobacteriose disseminada em órgãos que não o pulmão, pele ou linfonodos cervicais/hilares (exceto tuberculose ou hanseníase);

o    Sarcoma de Kaposi;

o    Sepse recorrente por Salmonella não tifoide;

o    Síndrome da emaciação;

o    Toxoplasmose cerebral em crianças com mais de 1 mês de idade e tuberculose disseminada ou extrapulmonar.

Fonte: Prefeitura Municipal de Barra de São Francisco.

Campanha Dezembro Vermelho alerta para prevenção das ISTs

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