A Coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Solange Maria Barbosa, o Agente Local em Hanseníase e Tuberculose, Cerlon Pansini e a Técnica em Laboratório, Josimere Cozer
Nesta quinta-feira (24), o Dia Mundial de Combate à Tuberculose (TB) é evidenciado pela Secretaria Municipal de Saúde de Barra de São Francisco, por meio da Vigilância Epidemiológica, com o intuito de alertar a população para a importância da prevenção da doença.
A Coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Solange Maria Barbosa, informou que a doença, que acomete principalmente os pulmões e pode atingir outros órgãos, apesar de ser antiga, ainda é desconhecida pela população. Além disso, os indivíduos acometidos são estigmatizados pela sociedade.
“A tuberculose é um dos agravos mais fortemente influenciados pela determinação social, como a baixa condição econômica e a exclusão social. Por isso, torna-se importante a interlocução com as demais políticas públicas, sobretudo a assistência social, em um esforço para construir estratégias intersetoriais como forma de viabilizar a proteção social às pessoas com tuberculose e a própria prevenção da doença”, explicou Solange Maria Barbosa.
Em Barra de São Francisco, em 2021, foram realizados 68 exames, com cinco novos casos de Tuberculose. Neste ano, até o dia 24 de março, foram realizados 13 exames em pacientes suspeitos, com dois casos positivos.
Transmissão
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea, que é lançada no ar por partículas com bacilos, durante a fala, espirro ou tosse de pessoas infectadas pela bactéria ativa.
Sintomas
O sintoma recorrente da tuberculose pulmonar é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, é recomendado que o indivíduo que tenha sinais respiratórios como a tosse, por três semanas ou mais, busque uma Unidade de Saúde mais próxima para que ocorra uma investigação para a doença.
Outros sinais e sintomas presentes na tuberculose:
– Febre vespertina geralmente baixa;
– Sudorese noturna;
– Emagrecimento;
– Cansaço/fadiga;
– Perda de peso;
– Dor no peito e nas costas.
Diagnóstico
A avaliação clínica é de muita importância para o diagnóstico da doença, além do diagnóstico laboratorial. É indicado, como método complementar para o diagnóstico, uma radiografia do tórax.
Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a detecção da doença é realizada conforme preconizado no “Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil”, sendo subdividido em diagnóstico clínico, diferencial, bacteriológico, imagem, histopatológico e por outros testes diagnósticos.
Para o diagnóstico laboratorial da tuberculose, são utilizados os seguintes exames: Baciloscopia de escarro, Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB), Cultura de micobactérias e Teste de Sensibilidade aos fármacos.
O TRM TB e a Cultura de microbactérias são realizados no Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES).
Prevenção
A vacina bacilo Calmette-Guérin (BCG) previne as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea em crianças. A vacina está disponível nas redes pública e particular. Essa vacina deve ser dada em crianças ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias.
Em relação à prevenção para o desenvolvimento da tuberculose ativa, especialmente nos contatos domiciliares, nas crianças e nos indivíduos com condições especiais, como imunossupressão pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), comorbidades associadas ou uso de alguns medicamentos, é importante que a equipe de saúde realize a avaliação dos contatos de pessoas com a tuberculose e ofereça o exame para diagnóstico da ILTB aos demais grupos populacionais, mediante critérios para indicação do tratamento preventivo.
No controle da infecção, é essencial que algumas ações da população sejam realizadas, como manter ambientes bem ventilados e com entrada de luz solar; proteger a boca com o antebraço ou com um lenço ao tossir e espirrar (higiene da tosse), além de evitar aglomerações.
Fonte: Prefeitura Municipal de Barra de São Francisco.
Dia Mundial de Combate à Tuberculose: 5 novos casos da doença em 2021