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quinta-feira, maio 2, 2024
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ES conta com tecnologia para combate ao Aedes aegypti

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O enfrentamento ao Aedes aegypti no Espírito Santo vai contar com a ajuda da tecnologia. Será o primeiro estado do Brasil a implantar um monitoramento inteligente e preventivo em todos os municípios. O sistema trará mais rapidez no acesso às informações sobre a infestação do mosquito e a circulação dos vírus da dengue, da zika e da chikungunya nas cidades e reduzirá a transmissão de doenças transmitidas pelo Aedes. O investimento é de R$ R$ 3,2 milhões, por ano. O sistema foi lançado nesta quarta-feira (25), em uma solenidade no Palácio Anchieta.

Em discurso, o governador Paulo Hartung ressaltou que a presença dos prefeitos e representantes municipais é importante no fortalecimento da atuação conjunta para enfrentamento ao mosquito e, principalmente, conscientização da população sobre as particularidades da febre amarela.

“Estamos dando um passo importante e utilizando a inovação para melhorar esse enfrentamento ao mosquito, que é responsável pela transmissão de doenças tão graves. Também estamos reunidos para unir conhecimentos sobre a febre amarela silvestre. A estratégia está em curso. Estamos com a vacinação em andamento nas áreas de risco. Pedimos ao Ministério da Saúde 1,5 milhão de vacinas. Já recebemos o primeiro lote, estamos perto de receber o segundo e negociando a vinda do terceiro. Precisamos agir com muito equilíbrio, exercendo a liderança de forma equilibrada e orientando a população”, comentou.

Participaram da solenidade prefeitos, secretários municipais de saúde, equipe do Governo, o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Hércules Silveira, a presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-ES), Andreia Passamani, e representantes da sociedade civil organizada.

“O Espírito Santo será o primeiro estado totalmente monitorado. Acreditamos que mudamos para melhor, com um sistema que traz benefícios como a eficiência na alocação de recursos. Os municípios poderão direcionar a equipe para onde está o problema, além de poder saber com antecedência de quatro a oito semanas que uma das doenças transmitidas pelo mosquito poderá atingir o ser humano”, disse o secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, aos presentes no lançamento do sistema.

Segundo Oliveira, o investimento é estadual, mas terá as seguintes contrapartidas dos municípios: realizar monitoramento das armadilhas; analisar as informações fornecidas pelo sistema; tomar as ações necessárias para eliminar os focos. “Hoje, isso já é feito pelas prefeituras, o que vai mudar é que seremos comunicados de que essas ações foram realizadas. É essa parceria que vai produzir o resultado. A informação orientará a ação para o combate ao mosquito Aedes aegypti”, disse.

Sistema

Serão instaladas 7.323 armadilhas para mosquitos adultos e um sistema de gestão inteligente via web. Com isso, as cidades vão gerar mapas e identificar, em menos tempo, a quantidade de Aedes aegypti presente no ambiente bem como o vírus circulante no local. As armadilhas serão instaladas em locais de fácil acesso e maior concentração de pessoas, como igrejas, unidades de saúde, hospitais, rodoviárias, centros comunitários, escolas e imóveis de pessoas com histórico de bom acesso às vistorias dos agentes comunitários de endemias.

Durante as vistorias, o agente vai verificar as armadilhas para identificar o Aedes aegypti. Se houver a presença do mosquito no local, o agente registrará a informação no mapa de infestação, em tempo real, por meio de um smartphone. Atualmente, este mapa leva cerca de dois a quatro meses para ser concluído.

O mosquito também será recolhido e enviado para análise, que permitirá saber qual o vírus presente nele. O mapa de circulação do vírus em mosquito ficará pronto em sete dias. Hoje, o mapeamento da circulação viral, feito somente em humanos, leva de um a dois meses.

Com essas informações, os municípios poderão direcionar as ações de combate ao mosquito com mais agilidade de acordo com as necessidades demandadas pelo monitoramento, entre elas a eliminação de depósitos que possam acumular água, aplicação de inseticida utilizando fumacê ou equipamentos portáteis para bloqueio de casos, por exemplo.

O monitoramento inteligente e preventivo será implantado nos 78 municípios. Dezesseis foram escolhidos para realizar monitoramento padrão em 100% de sua área urbana (confira lista abaixo). Para essa escolha foram levados em consideração alguns critérios, como municípios com mais de 100 mil habitantes, histórico de maior incidência de casos de dengue e áreas urbanas maiores que 3 km² ou que possam ser colocadas 50 armadilhas, uma exigência da metodologia. Os demais 62 municípios receberão o monitoramento sentinela, com a implantação de 10 armadilhas.

A implantação contempla um cronograma de um mês, entre treinamento de técnicos e fornecimento de armadilhas e materiais. Cada município será responsável pela implantação das armadilhas, conforme instruções do treinamento, e acompanhamento das regionais com orientação da empresa desenvolvedora do monitoramento inteligente. Nesta quinta-feira (26), os treinamentos serão iniciados em 63 municípios, na segunda semana, em seis municípios, na terceira semana, em sete municípios, e na quarta semana, em dois municípios.

Esse é um instrumento importante de combate ao mosquito, mas é preciso que cada um faça a sua parte para eliminar os criadouros do Aedes aegypti em suas casas. Garrafas vazias, vasos e pratos de planta correspondem a 27,8% dos depósitos de água parada, seguidos por calhas e ralos, 23,2%; tonéis, tambores e barris, 21,96%; e caixas d’água, 6,66%.

 

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