O técnico Jorge Sampaoli publicou nas redes sociais, neste domingo, um texto se posicionando sobre a polêmica envolvendo o atacante Pedro e o preparador físico Pablo Fernández. No entanto, o argentino piorou o clima dentro do clube ao não criticar a atitude de seu colega de comissão técnica.
Pablo acertou um soco em Pedro após a vitória do Flamengo sobre o Atlético-MG, por 2 a 1, em Minas Gerais pelo Brasileirão. O atacante registrou queixa.
No texto publicado, Sampaoli prega o diálogo e não toma partido. Porém, internamente no elenco, o clima é de insatisfação e, por conta disso, a continuidade do treinador está ameaçada.
Segundo o ge, o motivo da agressão foi que, durante a partida, Fernandez questionou Pedro sobre ter sentado no banco de reservas e abandonado o aquecimento depois das entradas de Luiz Araújo e Everton Cebolinha.
Confira, na íntegra, o texto do técnico argentino
“Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol.
Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu
ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam.
A história me mostrou que a única solução é a conversa. Mesmo quando errei ou vi o erro dos outros. Eu tenho fé na palavra. Que é uma forma de ter fé no ser humano. Porque a violência nos separa e a conversa nos une.
Quando eu era criança e comecei a jogar futebol, as brigas dentro e fora do campo eram muito comuns. Assim como muitas coisas no mundo mudaram para pior, algumas mudaram para melhor. A violência é menos aceita a cada dia como forma de resolver as coisas. É uma transformação que levará tempo. Não será de um dia para o outro. Todos nós temos o direito de cometer erros. Porque temos a possibilidade de nos transformarmos. Para ser melhor.
Eu sou o condutor desta equipe. Me dói muito quando dois colegas de trabalho brigam. Mais do que a violência. Os treinadores não se dedicam apenas à tática e à preparação dos futebolistas. Acima de tudo, trabalhamos para gerir grupos. Tentamos melhorar e cuidar das pessoas.
Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar Para unir. Para ser melhor. E colocar o Flamengo no topo”.
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Fonte: Gazeta Press – Conteúdo Exclusivo neste link Flamengo na Mídia. Todos os Direitos Autorais de Gazeta Esportiva.