O chefe de gabinete do governador Paulo Hartung, Paulo Roberto Ferreira, é irmão do ex-superintendente da Caixa Econômica Federal Antônio Carlos Ferreira, acusado por Joesley Batista de ter intermediado propina de R$ 6 milhões para o ministro Marcos Pereira (PRB).
O governo Hartung tem mostrado estreitos laços com envolvidos em escândalos de corrupção sendo o governador citado por ter recebido pela Odebrecht 2 milhões para distribuir em campanhas de seus aliados políticos.
Paulo Roberto, que já foi Secretário da Fazenda, tem sido o braço-direito de Hartung, tendo relevância às vezes maior até mesmo que o vice. Roberto esteve à frente das principais negociações das últimas crises do governo, como a greve da PM.
No entanto, Paulo Roberto confirma o parentesco e sai em defesa de Antônio Carlos. “Eu e meus irmãos fomos criados pelos nossos pais com valores sólidos de honestidade. Tenho absoluta certeza de que meu irmão não cometeu qualquer ilícito, mas, como qualquer cidadão, vai se defender dentro da lei e provará sua inocência.”
Porém, na prática a justificativa não se comprova, visto que mesmo que não esteja diretamente envolvido em caso de corrupção, ser chefe de gabinete de um governador envolvido em vários escândalos é no mínimo incompatível com uma pessoa que preze pela moral e ética pública.