Local é um dos atrativos turísticos do município. Biólogo e prefeitura afirmam que fenômeno ocorre quando há esgoto na água, ou plantações adubadas às margens do local
O portal de notícias A Gazeta publicou nesta terça-feira (03/05), com reportagem de Lara Mireny o fenômeno na Lagoa Guanandy que vem chamando a atenção dos moradores do município de Itapemirim.
Na reportagem, é mostrada que plantas aquáticas cobriram a Lagoa Guanandy, e a situação preocupa, uma vez que, além das praias, a lagoa é um dos principais atrativos da região. Veja abaixo imagem do local, antes da vegetação tomar conta da superfície da lagoa.
A lagoa, segundo apuração da TV Gazeta Sul, integra o Corredor Ecológico do Guanandy e é muito frequentada por banhistas, principalmente no verão. Além disso, a área apresenta importantes remanescentes da restinga, em especial, da mata seca.
A vegetação que tomou a superfície da lagoa chamou a atenção de pessoas que passam pela região, que temem riscos de contaminação no local. Para esclarecer o assunto e explicar o fenômeno, a reportagem ouviu o biólogo Helimar Rabelo.
“A planta em questão é do Gênero Savinia, uma planta aquática que ocorre naturalmente na região. E ela é bioindicadora: quando há o aumento de alguns compostos na água como, por exemplo, nitrogênio, potássio, fósforo, ela começa uma superprodução e pode cobrir áreas imensas de lagoas e lagos”.
Helimar Rabelo – Biólogo
Segundo o biólogo, o fenômeno é natural e ocorre quando há esgoto na água, ou plantações que as pessoas adubam margens. Ele explicou que a chuva, ou algunm outro meio, podem com que o adubo tenha contato com a água.
Diante disso, Helimar Rabelo esclarece o que pode ser feito para evitar. “É preciso verificar se há esgoto, provavelmente deve ter algum esgoto, alguma vala levando água para a lagoa, e também observar as plantações que possam ocorrer próximas e fiscalizar isso”, disse.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Itapemirim disse que o fenômeno acontece anualmente. Segundo a administração municipal, em nota, técnicos do Departamento de Controle Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente (Semma) “estão acompanhando o aumento do número de macrófitas na Lagoa Guanandy, uma vez que houve um considerado aumento das referidas plantas aquáticas”.
A prefeitura disse ainda que vegetações está influenciando e acelerando o envelhecimento da lagoa, o que pode causar o aumento do processo de assoreamento. “Ao que tudo indica, está ocorrendo a entrada de matéria orgânica de origem antrópica no meio aquático, aumentando muito a quantidade de nutrientes disponíveis no meio, desequilibrando os processos de fotossíntese e decomposição”.
Por fim, a prefeitura explicou que o processo é chamado de eutrofização e, muita das vezes, é motivo pelo despejo de esgoto ou produtos como o vinhoto, que prejudicam o ambiente. Sabendo disso, para solucionar o problema, a administração municipal comunicou que está contratando uma empresa especializada no serviço de remoção de macrófitas na Lagoa Guanandy.