“Foi um dia muito bacana, de muita emoção, ver os primeiros pacientes chegando na clínica, poder recepcioná-los com carinho, mostrar nossa satisfação por atendê-los, saber que estamos dando a estas pessoas uma qualidade de vida muito melhor, com o serviço de hemodiálise bem perto delas”, resume o sócio-diretor administrativo da clínica Med.Álise, Eugênio Lopes Pegoli Canhestro.
A Med.Álise começou a ser construída em 2019, após um acordo entre a empresa Med.Solution, a Prefeitura de Barra de São Francisco e o empresário Márcio Fernandes, o Márcio Madeiras, que se encarregou de construir o prédio para arrendar à clínica.
Hoje, com apoio do Governo do Estado, do Consórcio Cim Noroeste, da Secretária de Saúde e Prefeitura de Barra de São Francisco, a clínica já está atendendo 51 pacientes de Ecoporanga e Barra de São Francisco e deve incorporar mais 16, de Água Doce do Norte, na semana que vem.
“O fato da clínica estar perto do paciente traz um conforto muito grande, não para os pacientes, mas para seus acompanhantes e para os motoristas da saúde. Tínhamos motoristas que saiam para buscar pacientes à meia-noite, no interior, para trazer até a sede e daqui, embarcar para sessões Colatina ou outras municípios”, recorda o secretário municipal de Saúde, Elcimar de Souza Alves.
O secretário salienta ainda que o município está pagando o serviço, seja através do Fundo Municipal de Saúde (FMS) ou do consórcio Com-Noroeste e também providencia o transporte para os pacientes do interior do município até a clínica. “Hoje, o paciente da parte da manhã, às vezes, consegue até voltar para almoçar em casa”, observa Elcimar.
Para a gerente de operações técnicas da Med.Álise, Maria Carvalho, o início do funcionamento da clínica tem sido emocionante. “Todos os dias eles (pacientes) trazem a sensação de gratidão pelo ganho de tempo, pela melhoria na qualidade de vida de deles, que cresceu muito”, relata ela.
Segundo Maria Carvalho, a Med.Álise começou com 51 pacientes, mas espera mais 16, de Água Doce do Norte, a partir da semana que vem. “Depois vamos incorporar mais pacientes de Barra de São Francisco, dos municípios de Minas, que também poderão fazer tratamento aqui”, observa.
O senhor José Rosalino, que faz hemodiálise há vários anos, veio de Ecoporanga e contou que, quando fazia hemodiálise em Colatina, passava por 12 horas por dia de hemodiálise entre a saída e a chegada em casa.
“A gente sofria muito, saia de casa cedo, seis horas da manhã e tinha dia que só chegava sete horas da noite. Hoje, eu posso vir fazer na parte da tarde e, com 45 minutos estou em casa. Foi realmente uma bênção na nossa vida”, agradece.
Morador do Assentamento Três Corações, em Paulista, o agricultor Osvaldo Paulino dos Santos (foto ao lado), afirma que uma das melhores coisas que já aconteceram nos últimos anos em Barra de São Francisco foi a inauguração dessa clínica.
“Foi uma bênção, o tratamento trazia muito sofrimento e cheguei a perder minha esposa antes dessa clínica chegar ao município. Eu mor lá perto de Vila Pavão, tinha que vir de carro até Barra de São Francisco, sair de madrugada, vir para a sede, pegar outra condução até Colatina…Tinha dia que chegava em casa, 11h da noite, hoje, antes das quatro horas eu já estou embora”, comemora.
Como funciona a hemodiálise
A sócia proprietária da Med.Álise, Josi Lopes, explica que no processo de hemodiálise a máquina basicamente faz a filtragem do sangue que deveria ser feita por esse órgão e uma das partes do processo envolve a passagem do sangue por uma máquina com água. “A osmose é feita por filtros especiais que tiram as impurezas da água utilizada no processo de filtragem do sangue do paciente.”
“Nossa osmose utiliza os equipamentos mais modernos do mercado. Nós, inclusive já iniciamos com sistema de Osmose Duplo passo de filtragem da água. Nosso gasto com água é enorme e precisaremos ativar um poço artesiano, já que a água tratada, para nós, tem um custo duplo, que é a taxa de tratamento de esgoto. Com a água do poço artesiano, precisaremos fazer uma dupla filtragem, para retirar os minerais da água, que precisa ser extremamente purificada. Até mesmo resíduos de elementos como alumínio, fluoreto, cobre e zinco, comumente deixados pelo tratamento tradicional da água, podem gerar muitos efeitos colaterais nos pacientes renais.”
Para tratar a água, o processo de osmose passa a água de um lado para o outro do equipamento através da membrana. Essa, por sua vez, retém as impurezas e poluentes, deixando a água completamente pura para o procedimento de hemodiálise.
Fonte: Prefeitura Municipal de Barra de São Francisco.
Mais de 50 pacientes já fazem hemodiálise na clínica Med.Álise em Barra S. Francisco
