Marataízes: Gestão Fiscal e Orçamentária em crise assombram o município

Por Fabiano Peixoto

Sob a gestão do Prefeito Tininho (2021/2023), mesmo com o prestigioso título de segundo maior beneficiário de royalties do Estado, recebendo incríveis R$ 1,2 milhão por dia, Marataízes se vê afundando em um abismo financeiro sem precedentes, sem alcançar o equilíbrio tão necessário.

Ano após ano, os cofres municipais testemunharam um espetáculo de horror financeiro, culminando em 2023 com um déficit de quase 90 milhões de reais, um golpe que abalou as estruturas da cidade. E não foram apenas incidentes isolados; déficits de quase 30 milhões em 2017 e aproximadamente 70 milhões em 2020 servem como testemunhas de uma gestão que parece remar contra a maré do bom senso financeiro.

Em meio a essa crise financeira, gestores e servidores comissionados vendem a imagem de um município transformado e bem-sucedido, em pleno desenvolvimento, uma gestão que, diante da sucessão política, deve continuar. No entanto, os números apresentados pelo Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo contam uma história bem diferente.

Além disso, dados recentes do Painel Eletrônico do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo revelam que Marataízes possui um dos piores índices de investimentos em Saúde e Educação entre os 78 municípios do estado. Obras paralisadas e falta de investimentos essenciais, como captação e tratamento de água e esgoto, retratam um cenário de descaso e desalento com a população.

Para piorar a situação, a recomendação de rejeição das contas do prefeito Tininho pelo TCE-ES por uso inadequado de royalties adiciona um novo capítulo de preocupação à crise financeira da cidade. O desvio desses recursos para finalidades indevidas representa uma grave infração à norma legal, deixando claro o descaso com a gestão responsável dos recursos públicos.

Para corrigir a situação, foi determinado que a prefeitura, por meio de seu representante legal, faça a reversão dos valores utilizados à conta dos royalties. O total a ser repassado para a conta é de R$ 14,6 milhões. Essa reversão ser comprovada no envio na Prestação de Contas do Exercício de 2024. Além de outras que estão por vir, como exemplo mais de R$ 7 milhões em contrato com Agência de Publicidade em vigor com recursos ilegal do royalties.

O impacto desse descontrole já é sentido em todas as esferas da vida marataizense: estouro no orçamento, queda na arrecadação, rumores de corrupção e uma folha de pagamento que consome recursos de forma alarmante. Marataízes, outrora vista como um oásis de potencial econômico e turístico, agora se encontra mais próxima da situação desesperadora de municípios em crise como o vizinho Itapemirim.

Em suma, Marataízes se vê diante de um cenário desolador, onde a ilusão de prosperidade e continuidade se desfaz diante da realidade implacável dos números e das condenações que assombram a gestão municipal. O futuro se mostra incerto e desafiador, demandando medidas urgentes e responsáveis para resgatar a cidade do abismo financeiro em que se encontra.

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