Nesta segunda, 10, é comemorado em todo o planeta o Dia Mundial da Saúde Mental. Nesses tempos de quase pós-pandemia de Covid-19, a doença continua afetando a saúde mental de grande número de pessoas em todo o mundo e se tornou o principal agente de doenças mentais dos últimos tempos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia criou uma crise global para a saúde mental, alimentando estresses em curto e longo prazo, e minando o bem-estar emocional de milhares de pessoas ao redor do mundo.
Em Barra de São Francisco, a situação é idêntica à nacional. A pandemia da Covid-19 trouxe um efeito nefasto sobre a saúde mental da população francisquense em geral. Atualmente são atendidos cerca de 2,6 mil pacientes, na Unidade de Saúde Mental (USM), da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), informa a coordenadora, Gabriela Assunção.
Gabriela explica que houve um aumento de cerca de 90% de alguns distúrbios, como quadros de ansiedade, compulsão, dependência química, depressão, estresse pós-trauma, fobia social e ‘luto patológico’, englobando todos os quadros psiquiátricos.
“A população está tendo um grau de ansiedade muito elevado. com relação à fobia social, as pessoas ainda têm medo de sair. Os quadros de tique pioraram, como tique de limpeza, com o uso de álcool em gel e lavagem de mãos”, explica Gabriela.
“A dependência química sempre esteve em alta, mas, por passarem muito tempo em casa, as pessoas passaram a consumir mais bebidas alcoólicas e outras drogas ilícitas também”, disse a coordenadora.
Luto patológico
O que não era comum era o “luto patológico” que teve um aumento significativo. O luto é um estágio normal de quando perdemos alguém ou algo importante em nossas vidas, mas pode ser preocupante quando se prende à pessoa, vira algo sem fim e a impede de viver como antes. Esse estado é chamado de luto patológico.
Nesse contexto, de acordo com especialistas, a manifestação dos efeitos da doença pode se tornar permanente tanto para pacientes e suas famílias, quanto para profissionais da área da saúde.
Terceira idade
Uma das maiores preocupações é com as pessoas que chegaram aos 60 anos, ou seja, à chamada Terceira Idade.
Em Barra de São Francisco, o Programa Integral de Atenção ao Idoso (Projeto Avivar), que conta com equipe multidisciplinar, já detectou o problema da ansiedade e depressão em grande parte dos idosos cadastrados no programa.
De acordo com a psicóloga Nathalia Gama e com a coordenador geral do projeto, a personal trainer Cleidimar de Almeida Rezende, a Cleidinha, um dos eixos do programa é focado justamente na promoção do convívio social, seja através de excursões, aulas de zumba, forró e outras atividades físicas e/ou lúdicas.
USM
Mas, na USM, tanto idosos, quando adultos e jovens podem ser atendidos. Mas, antes é preciso procurar a unidade de saúde do bairro, ser avaliado e triado pela equipe e, se necessário, será encaminhado ao serviço.
“Atendemos todos os tipos de distúrbios psiquiátricos e dependência química”, ressalta a coordenadora.
Profissionais que atendem a USM
Juliana S. Cosme (Médica) – Quintas-feiras
Luis Fernando Sena (Médico) – Terças-feiras
Marco Túlio Jório (Médico) – Sextas-feiras
Nelya Fagundes (Psicóloga) – Terças e quartas-feiras
Lorena Cavalcante – enfermeira
Nayara Bahia – Psicóloga
Milyelli Queiroz – Assistente Social
Débora Lomar (Recepção)
Dayana Bragança (Auxiliar Administrativa)
Calebe Souza (Motorista)
Eliana Almeida (ASG)
Fabrício Reis (Segurança)
*Os demais médicos atendem todos os dias
Horário de atendimento
De 8h às 11h e de 13h às 17h.
Local
Rua Henrique Fanti, s/n
Bairro Nova Barra (Vaquejada)
Telefone de contato: 27-98875-3365
Fonte: Prefeitura Municipal de Barra de São Francisco.
Pacientes e familiares têm longo desafio para manter saúde mental
