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Prefeitura de Barra de São Francisco faz alerta contra a febre maculosa – Notícias de Barra de São Francisco

Quatro casos de morte por febre maculosa foram registrados nos últimos dias em cidades do Estado do Espírito Santo.  Com foco em orientações e ações de prevenção, a Prefeitura de Barra de São Francisco, por meio da Secretaria de Saúde, inicia uma intensificação do trabalho de orientação e  prevenção à doença, que é transmitida pelo “carrapato estrela”, encontrado principalmente às margens de lagos, rios, córregos, pastos, matas e parques.

 A febre maculosa é uma doença causada pela bactéria chamada Rickettsia rickettsii, encontrada em alguns carrapatos e transmitida ao homem por meio da picada. Somente o carrapato contaminado com a bactéria pode transmitir a febre maculosa.

Os sintomas da febre maculosa aparecem de 2 a 14 dias após a picada, seguidos de febre, dores de cabeça e pelo corpo, calafrios e, em alguns casos, manchas vermelhas na pele.

Algumas dicas são importantes para prevenir:

– Preserve o ambiente: não jogue lixo em local inadequado, ele alimenta e atrai capivaras e outros animais hospedeiros do carrapato;

– Não deixe animais de estimação saírem desacompanhados pelas ruas. Mantenha-os sempre livres de carrapatos;

– Evite o contato com animais e vegetação em locais de risco, como margens de lagos, rios, córregos, pastos, matas e parques. Nestes locais, use roupas e calçados que não deixem partes do corpo expostas e, de preferência, de cores claras;

– Examine o corpo com atenção após sair destes locais. Se encontrar carrapatos pelo corpo, retire-os com cuidado, fazendo uma leve torção com auxílio de uma pinça. Não é recomendado espremer com as unhas, nem encostar fósforo, agulha ou cigarro no carrapato.

 

 

Aspectos Clínicos e Epidemiológicos

 A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.

 

Os principais sintomas da Febre Maculosa são:

•        Febre alta e súbita;

•        Cefaleia;

•        Hiperemia conjuntival;

•        Dor muscular e articular;

•        Mal-estar;

•        Dores abdominais;

•        Vômito;

•        Diarreia;

•        Exantema.

A Febre Maculosa, se não tratada adequadamente, pode evoluir para quadros graves e levar a pessoa à morte.

 

 

Agente Etiológico

 Bactéria pertencente à ordem Rickettsiales, da família Rickettsiaceae e do gênero Rickettsia. No Brasil está associada a duas espécies de riquétsia: Rickettsia rickettsii e Rickettsia parkeri.

 

 

Reservatório

 A Febre Maculosa é uma doença causada pela picada do carrapato

 Vetores

 No Brasil, os carrapatos de maior importância na transmissão da bactéria são do gênero Amblyomma:

•        Amblyomma aureolatum;

•        Amblyomma dubitatum;

•        Amblyomma ovale;

•        Amblyomma sculptum (Amblyomma cajennense sensu lato)

 Os equideos, roedores como a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), e marsupiais como o gambá (Didelphis sp) têm importante participação no ciclo de transmissão de febre maculosa e há estudos recentes sobre o envolvimento destes animais como amplificadores de riquétsias, assim como transportadores de carrapatos potencialmente infectados.

 

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Modo de Transmissão

 Picada do carrapato infectado pela bactéria do gênero riquétsia (Rickettsia rickettsii e Rickettsia parkeri). Há também a possibilidade de que a transmissão da bactéria ocorra no momento em que os carrapatos infectados e aderidos à pele dos hospedeiros forem retirados com as mãos desprotegidas, além do habito que se tem de esmagá-los com as unhas, ação que pode expor o homem à hemolinfa dos carrapatos infectados provocando a transmissão do patógeno.

 

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Período de Incubação

De dois a 14 dias, com média de sete dias após a picada do carrapato.

 

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Período de Transmissibilidade

 Após a picada do carrapato, estima-se que o tempo médio necessário para que ocorra a inoculação da bactéria seja em torno de 4 a 6 horas de parasitismo, mas dependerá de cada espécie de carrapato.

 

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Complicações

Manifestações sistêmicas que incluem edema, anasarca, insuficiência renal, manifestações neurológicas, hemorragias, miocardite, insuficiência respiratória, hipotensão e choque.

 

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Fatores de Risco

 Os principais fatores de risco que aumentam as chances de se contrair a infecção por Febre Maculosa são:

•        Viver em uma área onde a doença é comum, como locais rurais ou arborizados.

•        Convivência com cachorro, cavalo ou outros animais domésticos.

•        Se um carrapato infectado se prender à sua pele, é possível contrair febre maculosa ao remover o carrapato, pois o fluido do carrapato pode entrar no seu corpo por meio de uma abertura como o local da picada.

Para diminuir os riscos de infecção, em caso de exposição a carrapatos, siga os seguintes passos:

•        Ao remover um carrapato da sua pele, use uma pinça para agarrá-lo e remova-o cuidadosamente.

•        Trate o carrapato como se estivesse contaminado: mergulhe-o em álcool ou jogue no vaso sanitário.

•        Limpe a área da mordida com anti-séptico.

•        Lave bem as mãos.

 

 

IMPORTANTE:  A incidência da Febre Maculosa é mais comum em pessoas que vivem ou frequentam áreas rurais infestadas por carrapatos. além disso, estar em contato com animais como capivaras, cavalos, vacas e cachorros com carrapatos também aumenta o risco de contrair a doença.

 

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Diagnóstico

Diante de toda inespecificidade da interpretação dos sintomas clínicos a anamnese do paciente é de extrema importância para obter diagnóstico precoce, fundamental avaliação dos fatores de risco e epidemiológico aos quais o paciente foi exposto nos últimos 14 dias, porém para confirmação será necessário a utilização de exames específicos.

 

 

Diagnóstico Laboratorial

•        Exames específicos: Reação de imunofluorescência indireta (RIFI) é estabelecido pelo aparecimento de anticorpos específicos, que aumentam em título com a evolução da doença, no soro de pacientes, são realizadas duas coletas, sendo a primeira no início dos sintomas e a segunda 14 a 21 dias após a primeira coleta. Pesquisa direta da riquétsia: Imuno-histoquímica, biologia molecular e isolamento da riquétsia.

•        Exames inespecíficos e complementares: Hemograma e enzimas. Observação: Detalhamento dos exames estão disponíveis na nota técnica 0001/2019FebreMaculosa.

 

Diagnóstico Diferencial

•        A inespecificidade sintomática do início nos sugere leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, meningoencefalite, malária e pneumonia por Mycoplasma pneumoniae. Com o surgimento de exantema, influi-se meningococcemia, sepse por estafilococos e por gram-negativos, viroses exantemáticas (enteroviroses, mononucleose infecciosa, rúbeola, sarampo), outras riquetsioses do grupo do tifo, erliquiose, borreliose (doença de Lyme), febre purpúrica brasileira, farmacodermia, doenças reumatológicas (como lúpus), entre outras.

 

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Características epidemiológicas

 

A Febre Maculosa Brasileira e outras riquetsioses têm sido registradas em áreas rurais e urbanas no Brasil. A maior concentração dos casos é verificada nas regiões Sudeste e Sul, onde de maneira geral ocorre de forma esporádica. Acomete a população economicamente ativa (20-49 anos), principalmente homens, que relataram a exposição a carrapatos, animais domésticos e/ou silvestres ou frequentaram ambientes de mata, rio ou cachoeira.

Fonte: Prefeitura Municipal de Barra de São Francisco.

Prefeitura de Barra de São Francisco faz alerta contra a febre maculosa

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