Em apenas uma hora e meia, mil e quinhentas pessoas participaram da intervenção urbana “Meta a Colher”, na tarde desta sexta-feira (24). Homens e mulheres aprovaram a iniciativa, realizada em referência ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25 de novembro).
“Nosso objetivo foi plenamente alcançado: por meio do “Meta a Colher”: conseguimos sensibilizar as pessoas pelo fim da violência contra as mulheres e divulgar informações como a Lei Maria da Penha e a rede de proteção e apoio às vítimas de violações”, disse a gerente de Direitos Humanos da Semcid, Renata Segóvia.
A ação foi desenvolvida pela Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid) e contou com a parceria do Procon, do Ministério Público e da Policia Civil. O Meta a Colher integra a campanha internacional dos 16 Dias de Ativismo: Vitória pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que é realizada simultaneamente em mais de 100 países.
Segundo Renata Segovia, quem acha que “em briga de marido e mulher não se mete a colher” está fechando os olhos para uma realidade de violência que afeta mulheres, crianças e familiares. “A intervenção “Meta a Colher” é uma forma lúdica, leve e firme para provocar a reflexão e levar a sociedade a romper com esse padrão de comportamento”, diz.
A ação consiste na abordagem ao público com a distribuição de uma sobremesa a ser degustada com colher, em alusão ao antigo ditado popular. A cada abordagem, as equipes orientam as pessoas sobre como intervir de forma segura, as diferentes formas de violência doméstica e de gênero, Lei Maria da Penha, feminicídio e a rede de serviços de proteção à mulher em Vitória.
Como ajudar?
“Ninguém deve se colocar no meio de uma briga, para ‘meter a colher’, explica a gerente. “Comportamentos simples como acolher a pessoa em situação de violência e orientá-la sobre os serviços especializados já contribuem para que ela interrompa o ciclo abusivo. Desta forma, todos podem “meter a colher”: vizinhos, amigos, familiares. “Metendo a colher” podemos salvar vidas”, diz Renata.
Pequenas atitudes que podem fazer a diferença:
Acolher: escutar sem julgar nem colocar a culpa em quem sofreu a violência.
Reconhecer a relação abusiva: saber os tipos de violência e o que diz a Lei Maria da Penha.
Orientar: indicar os serviços públicos gratuitos e especializados, como o Cramsv e a Casa Rosa, que vão acompanhar e encaminhar os casos mais graves. Em Vitória, as mulheres contam com o Botão do Pânico e com uma casa secreta, para proteção emergencial, por exemplo.
Denunciar: se for uma situação emergencial, ligue para o 190. Se não, denuncie pelo número 180.
Mais de 1.500 pessoas foram alcançadas na ação realizada nesta sexta-feira (24).
Ação pelo fim da violência contra mulheres alcança mais de 1.500 pessoas