Trinta e cinco anos de histórias de vida e experiências separam Joelson de Aguiar, 49 anos, acolhido pelo Abrigo Emergencial Transitório de Adultos e Famílias e Pablyo Sarmento Rufino, 14 anos, participante das atividades ofertadas pelo Serviço de Fortalecimento de Vínculos – Cajun. Mas, suas histórias se cruzam na busca por uma oportunidade de inserção no mercado de trabalho e realização do sonho de mudança de vida.
Sonhos esses que motivaram Joelson a tomar coragem e agarrar a oportunidade de novas formações profissionais e de técnicas para apresentar suas habilidades para as empresas inscritas no Sistema Nacional de Emprego (Sine). “Me sinto pronto para ir atrás de uma vaga de emprego. Já tenho um diploma: o de garçom. Vou fazer também curso para porteiro. Já posso mostrar isso num currículo. Esse pode ser meu diferencial”, comentou ele.
“Entrar no mercado de trabalho como aprendiz será mais uma vitória para mim. Eu estudo, fiz o curso e participo de todas as oficinas propostas no Cajun. Até no Projovem. Estou muito feliz em concluir o curso. Estou com mais entendimento sobre o mundo profissional. Estou ansioso por uma oportunidade”, comentou Pablyo.
O adolescente recebeu na última sexta-feira (10) o diploma de conclusão do curso de Formação para o Mercado de Trabalho (FMT). Junto com Pablyo, outros 10 adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – Projovem, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), de Maruípe, São Pedro 1 e Centro frequentaram o curso.
A adolescente Maíra Barbosa Loureiro, 15 anos, foi uma delas. Ela, que participa das atividades do Projovem Centro, disse que participar do curso foi importante para seu crescimento. Para a adolescente Cassiane Meire Andrade, do Projovem Maruípe, o curso proporcionou um grande aprendizado, que vai ser útil para o seu futuro e levá-la ao encontro de uma oportunidade no mundo do trabalho.
Gabriel Eufrásio, de 15 anos, participante do Projovem São Pedro 1, conta que ter a oportunidade de frequentar o curso de Formação para o Mercado de Trabalho foi um marco para a vida dele. “Além da aprendizagem a convivência fez com que me sentisse em família. Só tenho a agradecer a oportunidade de participar desse curso”, disse. O curso teve a duração de três meses, totalizando a carga horária de 100 horas. As aulas foram viabilizadas, por meio de parceria dos Cras, equipamentos da Secretaria de Assistência Social (Semas) com o Ensino Social Profissionalizante (Espro).
A secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, ressaltou que a orientação dada às equipes e para que façam a escuta ativa para dar o melhor acolhimento possível. “É fundamental que a pessoa sinta que as suas necessidades são levadas em consideração. Estamos incrementando todas as ações e parcerias que se mostrem eficazes na prevenção de ocorrências de situações de exclusão social e de risco, em especial a violência doméstica e o trabalho infantil”.
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