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terça-feira, maio 14, 2024
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Avanços: Saúde e Educação se reúnem com Arquidiocese de Vitória – Notícias de Vitória-ES

Na perspectiva de promover mais avanços nas áreas da Saúde e Educação, a PMV buscou o apoio da Arquidiocese de Vitória. A proposta é que os padres que estão nas paróquias da capital usem seu papel como aconselhadores para mostrar à população a importância da vacinação e também convencer as famílias, principalmente as que moram nas periferias da cidade, a enviar os filhos para a escola e a fiscalizar a frequência escolar das crianças.

Durante a reunião, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (16), o prefeito Lorenzo Pazolini disse que a transformação só vai acontecer se houver o engajamento da sociedade, e pediu o apoio dos sacerdotes nessas duas frentes. Ele lembrou que no início da gestão, em 2021, o desafio e energia primordial foi para vacinar a população, e explicou que o resultado veio por meio da união da sociedade civil e das igrejas.

“Recebemos um prêmio há duas semanas pelas estratégias adotadas para ampliar a cobertura vacinal em crianças entre 2022 e 2023. Tivemos também o turismo da vacina. Muitas pessoas pediram para cobrar o comprovante de residência. E eu disse, não farei isso. Não escolherei quem vive ou quem morre. Ao contrário, nós expandimos a nossa equipe e vacinamos de dia, de noite, aos finais de semana e em todos os locais. Hoje, somos referência em vacinação no Brasil. O que precisamos vencer é a desinformação. Vencer uma camada da sociedade que infelizmente foi influenciada por uma séria de narrativas que não se comprovam em evidências científicas para que nós possamos vacinar esse restante da população que falta”, afirmou o prefeito.

Pazolini lembrou que o pedido é para que haja engajamento no convencimento de todos de que o único caminho seguro é a vacinação.

Parceria

Um dos pontos do plano de ampliação da cobertura vacinal é a parceria com as instituições religiosas para apoiar nas comunidades a consciência vacinal e a retomada das maiores coberturas vacinais e homogêneas em todos as comunidades da cidade.

Para a secretária de Saúde de Vitória, Magda Lamborghini, a parceria com a Igreja Católica será de extrema importância para alavancar as coberturas vacinais, principalmente nas crianças. “Queremos o apoio à causa nobre já que o foco é conscientizar que vacinas tradicionais como a poliomielite, sarampo e coqueluche estão com coberturas baixas. Mediante essa grave situação das quedas das coberturas vacinais e o aumento da circulação de falsas informações sobre as vacinações, há necessidade do envolvimento e parceria da comunidade científica e civil com a finalidade de fortalecer as informações de cunho verídico, a fim de recuperar as coberturas vacinais de rotina e das campanhas de vacinação”.

Já na frente Educação, o prefeito contou que espera que as famílias que tenham um pai ou uma mãe que não tiveram oportunidade de estudar, possam ter o seu filho na escola de manhã até à noite todos os dias.

“A escola em tempo integral não é obrigatória, é facultativa, e a família escolhe se deixa ou não o seu filho frequentar. Isso é um projeto de futuro. Esse é um projeto de Estado, não de governo. A educação é a única forma pela qual nós vamos vencer esse flagelo social, essa tristeza, essa dor e essa realidade que é cruel, que é degradante. Com a união nossa, da sociedade civil com as igrejas, acredito que nós possamos vencer. E essa é nossa proposta, que nós queremos deixar aqui. De fato uma grande corrente para levar tanto a questão da saúde pública, que está disponível, tanto da escola, que também está posta”, disse Pazolini.

Ao conversar com os sacerdotes, a secretária de Educação de Vitória, Juliana Rohsner, falou da importância da escola como local de proteção social. “Num país desigual como o nosso, a escola é lugar onde a criança vai ser vacinada e onde ela vai ter informação sobre a vacina, a escola é o lugar onde ela vai se alimentar, porque muitas vezes ela está passando fome em casa, a escola é o lugar onde alguém vai perceber se ela está sofrendo abuso sexual em casa e vai conseguir romper esse ciclo. Então a escola ainda é lugar de proteção social. Não é o nosso papel principal, mas a gente não pode fingir que isso não existe”, comentou.

A secretária explicou que quando começamos a enxergar essa realidade, vemos que um dos grandes problemas da alfabetização tem sido o ritmo de aprendizagem. Segundo a gestora, a infrequência em sala de aula é muito grande. Quando há um afastamento de cinco dias, serve de alerta. “Nós temos um mecanismo de controle e aí avisa ao Ministério Público, aciona o Conselho Tutelar. Mas, em Vitória, o que acontece é que essa criança não some cinco dias. Diferentemente do campo, onde tem a safra e o estudante se ausenta da escola para ir fazer alguma coisa, não é o caso aqui. Ele falta porque choveu muito de madrugada, e ainda pode chover de dia; falta porque quer ver um filme, porque vai acompanhar a avó à unidade de saúde, mas na hora da consulta ele não vai, ele faltou para isso, mas ele não foi à consulta. Então é para essas questões estamos perdendo os nossos jovens”, apontou.

Juliana Rohsner também apresentou a escola em tempo integral como modelo de educação. Ela contou aos sacerdotes que a atual gestão elevou de quatro para 17 o número de escolas em tempo integral na capital, e pontuou que com essa modalidade de ensino há garantia de ter 9 horas diárias com as crianças dentro da escola, com quatro refeições e um currículo superplanejado. Ela explica que em todo o tempo que a criança passa na escola ela é ocupada de um fazer pedagógico muito forte e, a partir disso, é possível ter um rompimento dos ciclos de miséria, evasão e pobreza.

“As pesquisas mostram que o fator externo à escola que mais impacta na vida acadêmica da criança é o nível de escolarização da mãe. O que temos são meninas que engravidam muito cedo, que abandonam a escola e não concluem o estudo, e que a criança, filha dessas meninas, vão crescendo. Então temos ciclos de evasão. É a mãe, a avó, a filha que foi estudando até uma determinada idade. Como a gente sabe disso? É evidenciado por pesquisa científica. O nosso papel, enquanto gestores públicos, é mudar esse ciclo, é intervir lá no início. Precisamos criar estratégia, e, nesse sentido, temos fortalecido muito a implantação de tempo integral”, concluiu a secretária.

Prefeitura de Vitória ES


Avanços: Saúde e Educação se reúnem com Arquidiocese de Vitória

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