A segurança nas escolas da Região Centro-Oeste capixaba foi pauta da audiência pública realizada pela Comissão de Educação na noite de quinta-feira (6), em Baixo Guandu, com a presença de autoridades da região e do secretário de Estado de Educação, Vitor de Angelo.
O colegiado, presidido pelo deputado Dary Pagung (PSB), ouviu gestores e comunidades dos municípios de Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Colatina, Governador Lindenberg, Marilândia, Pancas, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Roque do Canaã e Vila Valério, que somam cerca de 400 mil habitantes. A ação, que já passou por Irupi, e acontecerá em todo o Espírito Santo, tem por objetivo apresentar e debater o Plano Estadual de Segurança Escolar, lançado no final de 2022.
Segundo o diretor do Centro Estadual de Ensino Médio em Tempo Integral (CEEMTI) de Baixo Guandu, Paulo Alex Dummer Loose, após o atentado às escolas de Aracruz e as recentes ameaças de ataques a ambientes escolares em todo o estado, a instituição reforçou o fortalecimento de vínculos com alunos e comunidades.
Ele ressaltou, no entanto, ser cada vez mais necessário proteger alunos e funcionários de todo tipo de violência. “Não basta apenas o acolhimento, a proximidade com estudantes e famílias; precisamos de segurança para os que estudam e trabalham, além de outras alternativas que se antecipem a qualquer situação”, disse o gestor escolar.
Pagung abriu os trabalhos informando o que a Assembleia Legislativa (Ales) tem feito para enfrentar a situação. Sobre o trabalho itinerante do colegiado, ele ressaltou a importância de levar o plano estadual para debate com as comunidades pelo Estado.
“O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Santos, baixou um ato que envolve as comissões de Segurança, Criança e Adolescente, Educação (e ainda Direitos Humanose Saúde), para que possamos debater a segurança nas instituições. E no entendimento do governo do Estado, não adianta fazermos um plano que fique apenas no papel. Precisamos levar para a sociedade esse debate, que importa não só para diretores e servidores das escolas, mas para os pais e alunos. Precisamos identificar os alunos que têm algum problema nas escolas. E isso quem identifica é quem está lá na ponta, no dia a dia dos alunos”, declarou Pagung.
Isaías Pereira Junior, representante da Secretaria de Estado de Segurança (Sesp) na reunião, explicou como funciona o Plano Estadual de Segurança Escolar e informou que o Comitê Integrado Governamental de Segurança, formado na época do ataque em Aracruz e composto por 41 membros e 16 órgãos e instituições do Estado, tem reuniões semanais para discutir ações e projetos a serem implementados em ambientes escolares.
“O plano é composto por cinco eixos, que são a atenção psicossocial e pedagógica, ação e prevenção, inteligência e fortalecimento operacional (e gestão inovadora). Buscamos, em conjunto com a Sedu (Secretaria de Estado de Educação), capacitar nossos servidores para saber como agir em caso de emergências desse tipo”, pontuou.
O secretário Vitor de Angelo afirmou que o trabalho conjunto das pastas da Segurança e Educação visa garantir a eficiência das ações voltadas para o enfrentamento à violência. Segundo ele, há um cuidado da Sedu para que as ações do plano não transformem o ambiente escolar “O problema não é de natureza escolar; ele se manifesta na escola. Não podemos radicalizar muito no argumento de ficar entre a educação e a vida nem transformar escolas em presídios. Escola é local de criação de valores. Estamos falando não só de segurança pública, mas de questão social.Temos que trabalhar juntos”, disse.
Comissão de Educação realizou audiência para escutar gestores e comunidades escolares da região, que contempla 10 municípios capixabas
Centro-Oeste debate segurança escolar
Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
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