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sábado, maio 18, 2024
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Comissão aborda situação de animais abandonados – Notícias da ALES

A destinação e o tratamento de animais em situação de rua. Esse foi o tema debatido na reunião extraordinária da Comissão de Proteção e Bem-Estar dos animais, que nesta terça-feira (3), recebeu o médico veterinário Antônio Marcos Ginelli. O especialista é proprietário de um hospital veterinário localizado no município da Serra, que abriga hoje mais de mil animais, entre caninos e felinos.

Conforme o convidado, estão alojados no hospital, atualmente, 873 cães e 185 gatos. São 130 profissionais na equipe, sendo 25 médicos veterinários, 3 cirurgiões, 3 anestesistas, 14 clínicos gerais, entre outros colaboradores. De 2020 até os dias de hoje, já foram realizados mais de 8 mil atendimentos, apontou Ginelli.

O especialista enxerga um crescimento da atenção a esses animais, de uma forma geral, mas alerta que ainda é preciso aumentar a oferta desses serviços. “As políticas públicas para tratamento e acolhimento desses animais vêm aumentando, com a criação dos departamentos de bem-estar animal vem surgindo a oferta do serviço”, explicou. 

“Só que a gente percebe que ainda é pouco, a gente precisa atingir um número maior de animais. Precisamos de uma metodologia mais detalhada, de como isso vai funcionar, inclusive entre as prefeituras. Todo mundo precisa trabalhar junto, só assim a gente vai conseguir atender um maior número de animais. Ao longo dos anos, nessa última década, houve uma evolução. Mas muita coisa ainda precisa ser feita”, complementou Ginelli.

O veterinário explicou que, dos mais de 8 mil animais atendidos no hospital, quase 3 mil foram devolvidos aos responsáveis após o tratamento e a castração. Outros 1.415 animais foram adotados por meio de eventos como feiras de adoção, visitações ao rancho e também por ações desenvolvidas nas redes sociais.

Fotos da reunião

Como agir

O convidado explicou como um cidadão comum deve agir no caso de encontrar um animal em situação de rua, especialmente no caso de identificar algum problema com a saúde do animal.

“Eu acho que independente de fazer a abordagem, a pessoa deve acionar a ouvidoria da prefeitura de sua cidade, pesquisar os aplicativos e canais de comunicação disponíveis. Se de alguma forma ele não for atendido, se aquele município não oferecer o atendimento pro animal, que ele então procure o recurso médico veterinário mais próximo que ele conseguir”, explicou.

“Que aí, através das redes sociais, ele vai conseguir conhecer pessoas engajadas na causa, que podem estar ajudando, se unindo, em prol daquele animal, para ele conseguir o tratamento adequado para o animal. Se o poder público não atender, vai depender mesmo do aporte do munícipe”, finalizou o veterinário.

Os trabalhos da comissão foram conduzidos pela presidente do colegiado, deputada Janete de Sá (PSB). A parlamentar fez um apelo para que as autoridades estaduais e municipais tomem medidas para evitar o abandono dos animais em situação de rua. 

“Fica o alerta para a sociedade, para as câmaras municipais, a esta Casa e ao poder público estadual. Aqui foi levantada essa questão do recolhimento do animal, como ele se procede, da importância de estar citando esse tratamento adequado a esses animais, que são atropelados, que são abandonados nas ruas pelas mãos humanas todos os dias, que têm problemas de saúde”, alarmou.

Zoonose

A parlamentar mostrou-se preocupada com a inexistência da oferta de tratamento do poder público para algumas zoonoses. De forma especial para a esporotricose, uma doença que pode ser transmitida de gatos para pessoas, causando micoses subcutâneas, mas que em casos graves pode atingir o sistema neurológico e causar complicações.

“O que mais chamou a nossa atenção foi o problema da esporotricose. É uma zoonose, ou seja, é uma doença que aquele animal pode passar para a raça humana e que está sem tratamento no estado do Espírito Santo, em nenhum dos municípios”, lamentou Janete.

“Ainda por cima tem uma portaria do Ministério da Saúde, alegando que não vai mandar recursos do SUS para o tratamento da esporotricose. Então, de onde virão esses recursos para tratar essa doença que é transmissível à raça humana? É uma doença grave, já tivemos casos de pessoas que morreram por ela ter atingido a parte neurológica do paciente”, concluiu.

Ao final da reunião, a deputada informou que o colegiado encaminhará um documento ao Ministério da Saúde solicitando informações e cobrando providências para que seja oferecido tratamento para a doença.

Médico veterinário falou sobre políticas para acolhimento e tratamento de animais com zoonoses

Comissão aborda situação de animais abandonados

Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
Para mais informações sobre a Assembleia Legislativa do ES acesse o site da ALES

Comissão aborda situação de animais abandonados

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