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terça-feira, maio 14, 2024
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Coordenadoria de Violência Doméstica apoia Maratona Aquática só para mulheres

A juíza, que abriu a maratona dando as boas-vindas às atletas, disse que estava muito feliz em estar na cidade e não podia deixar de atender ao convite, mesmo no dia de seu aniversário.

“De certa forma, a luta em prol da mulher fez parte da minha história e essa história vem de longa data. A 1ª Vara de Violência Doméstica do Espírito Santo eu instalei quando era diretora do Fórum de Serra, então daí para cá não fiz outra coisa a não ser pensar nas mulheres.”

E aproveitando a ocasião e a presença de participantes da área da educação, leu um poema que escreveu sobre o tema. Ao final do discurso a magistrada foi aplaudida e parabenizada por todos pela passagem de seu aniversário.

O Ônibus Rosa do Juizado Itinerante da Lei Maria da Penha também esteve no local e, no decorrer do dia, a servidora Renata Guizan Corrêa realizou rodas de conversa sobre sororidade, Lei Maria da Penha e outras questões ligadas à violência doméstica.

Renata, que também participou da maratona como nadadora, explicou que durante todo o evento houve uma troca de experiências e que ficou surpresa com o conhecimento que as participantes tinham da Lei Maria da Penha:

“Estar com elas, representar o Tribunal junto dessas mulheres foi muito importante porque muitas se sentiram à vontade para conversar. Quando a gente falava das formas de violência, muitas se identificavam como vítima. É uma violência que atinge qualquer idade, qualquer classe social, qualquer raça.”

A servidora também acredita que as rodas de conversa terão efeito não só para as mulheres mudarem a própria condição de vítimas de violência doméstica, mas também para serem replicadoras dos conhecimentos, já que muitas identificaram amigas, irmãs e mães nessa situação.

A professora de natação e idealizadora da maratona, Márcia Pedroza Vargas, que na pandemia fundou o grupo de natação em águas abertas Mulheres no Mar, com 37 alunas, contou que nas conversas que tinham com o grupo percebeu que algumas mulheres sofriam violência tanto física quanto emocional, o que foi aumentando na pandemia.

“Quando eu tive a ideia da maratona eu falei que ela tinha que ter um significado, não era apenas juntar e nadar 24h. Eu queria as bandeiras que fossem mais expressivas para a mulher nessa época da pandemia e a mais expressiva foi a luta contra a violência doméstica. Foi o tema que eu mais batalhei para estar na maratona.”

Márcia destacou ainda que o evento foi pensado para mostrar para a sociedade a força das mulheres.

“A gente se uniu contra a opressão às mulheres, que às vezes ficam em casa em um mundinho e esquecem que tem um mundão pra elas. Se uma mulher faz uma maratona aquática de 24h, entra em um mar gigante para nadar, ela vai conseguir lidar com uma situação de violência doméstica. Porque o esporte te torna forte, principalmente a natação em águas abertas”, destacou.

Uma das participantes, que não quis se identificar e já sofreu violência psicológica e patrimonial de seu ex-companheiro, reconheceu a importância de ter um espaço para falar sobre o tema e de ter ouvidos para ouvi-las.

“Eu hoje diria que eu não sou mais vítima de violência doméstica, eu triunfei e me sinto absolutamente mais forte do que eu era na época, e eu faço o possível para influenciar em outras mulheres a autoestima, a governança da sua própria vida. Saber se adaptar a um companheiro, mas também saber falar não. Essa força eu busco demonstrar”, disse a participante.

Valdete Pires, que não participou como atleta da maratona, mas acompanhou o evento, se sentiu muito feliz com a atenção que deram às mulheres: “A gente vê no dia a dia como está o feminicídio e como as mulheres estão sendo assassinadas. Eu acredito na Justiça, porque isso uma hora precisa ter um fim”.

Ela também mencionou que o evento promove a inclusão social, pois além de receber vítimas de violência doméstica, recebe pessoas com deficiência, como é o seu caso, e pessoas que tiveram câncer de mama ou outros problemas de saúde.

Serviço

Polícia Militar 190

Se você conhece alguma mulher que está sofrendo violência, denuncie 180

Coordenadoria de Combate à Violência Doméstica

27 3334-2174 | 27 3334-2709

[email protected]

 

Informações à Imprensa

Assessoria de Imprensa e Comunicação Social do TJES
Texto: Gabriela Zamprogno / Maira Ferreira
Assessora de Comunicação do TJES

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