A igreja mais conhecida do Espírito Santo. Vista de diversos pontos da capital capixaba, o Convento da Penha foi o destino das turmas dos grupos 4, 5 e 6 do turno vespertino do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Luiz Carlos Grecco.
A atividade faz parte do projeto institucional da unidade de ensino, que é “O mundo mágico da literatura infantil e a arte de aprender”, por meio do qual a equipe pedagógica trabalha diversas ações e atividades ao longo do ano, com destaque para literatura infantil, principalmente as de autores capixabas.
A pedagoga Giselli Santos contou que essas turmas estão trabalhando o livro “Capixabinha” e “Capixabinha na Região Metropolitana”, da autora Andrea Spíndola. Nele, pontos importantes e históricos do Espírito Santo são destacados e o Convento da Penha é um deles. Além da visita pedagógica, diversas outras atividades serão feitas em sala de aula.
História
No Convento, as crianças foram recebidas pelo frei Pedro Engel, responsável por contar a história do santuário, além de algumas curiosidades que marcam os séculos de construção, como a história do quadro de Nossa Senhora das Alegrias, que teria “subido” o morro onde está localizada a igreja.
Segundo a história contada, quando Frei Pedro Palácios chegou a Vila Velha, trouxe consigo um quadro de Nossa Senhora das Alegrias. O religioso passou a morar em uma gruta e costumava os moradores da região, escravizados e índios, para rezar diante da pintura.
A localização do Convento foi definida pelo “sumiço” do quadro, que “desaparecia” algumas vezes e era encontrado no alto do morro, entre duas palmeiras. As crianças adoraram essa parte da história, que não conheciam sobre o Convento.
O frei Pedro Engel contou ainda que a primeira capela foi construída em 1568, dedicada a São Francisco de Assis, onde foi pendurado o quadro que sumia. Dali, ele não sumiu mais.
Depois, o Frei Pedro Palácios mandou trazer de Portugal uma imagem grande de Nossa Senhora para colocar na igreja que ele pretendia construir em cima da pedra, no topo do morro. Quando a imagem chegou, ganhou o nome de Nossa Senhora da Penha.
Alegria e conhecimento
O passeio para conhecer a história do Convento foi aprovado pelas crianças, que também visitaram o Parque da Prainha e a entrada do 38º Batalhão de Infantaria do Exército.
“Gostei muito do passeio, de ter passado na Terceira Ponte, e de ver o mar lá de cima do Convento”, disse Brayan Costa, matriculado no grupo 6. Da mesma turma, Valentina Rocha se encantou com a fauna presente na mata que cobre o morro do Convento. “Gostei muito de ver o macaquinho”, destacou.
As curiosidades reveladas aos pequenos pelo frei Pedro Engel também chamaram a atenção. “Gostei muito de passear na ponte, da história que o frei contou, de ver o mar e brincar no parquinho”, enumerou Penélope Conceição, do grupo 6.
Heitor Rodrigues, do grupo 6, curtiu muito a atividade. “Foi muito legal ver os macacos, passar na ponte e ouvir a história de Nossa Senhora que o frei contou. Também gostei de ver os canhões e brincar no parquinho”, afirmou.
A pedagoga Giselli Santos ressaltou que voltar a circular pela cidade e voltar a ocupar espaços públicos e privados é importante para a prática de ensino-aprendizagem com as crianças. “Uma atividade contextualizada e que terá outras ramificações na unidade de ensino faz com que o passeio, além de prazeroso e divertido, tenha objetivos de aprendizagem”, frisou.
Possibilidades de aprender
Acompanhando as turmas na saída pedagógica, a professora Alessandra Gottardi, do grupo 5, afirmou que a experiência fora da unidade de ensino permite criar novos espaços de aprendizagem.
“Conhecer de perto o local que estamos estudando amplia as vivências e as experiências. Sair do livro e conhecer de perto o Convento da Penha despertou o prazer pelo conhecimento e um sentimento de muita alegria em nossas crianças”, disse.
Regiane de Souza, diretora da unidade de ensino, também ressaltou a importância da atividade. “A Educação Infantil não se faz apenas dentro do Cmei, precisamos romper os muros e proporcionar saídas pedagógicas que possibilitem às crianças aprendizagens significativas acerca de nossa história”.
Crianças do Cmei Luiz Carlos Grecco conhecem história do Convento da Penha