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Deputados questionam qualidade da energia – Notícias da ALES

As comissões de Agricultura e Cooperativismo da Assembleia Legislativa (Ales) realizaram reunião conjunta para tratar da qualidade da energia elétrica nas áreas rurais do estado. Para isso, os colegiados receberam, nesta terça-feira (29), produtores rurais e representantes da Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) e das concessionárias de energia elétrica.  

Mais fotos da reunião

O gerente de Obras e Infraestrutura Hídrica da Seag, Patrick Ribeiro, apresentou aos deputados o programa “Energia mais produtiva”, destinado à transformação da rede monofásica em trifásica para atender as comunidades rurais capixabas. 

A rede trifásica é capaz de suportar equipamentos mais robustos, segundo ele, como secadores, descascadores, despolpadores e torrefadores de café e tanques de resfriamento de leite, por exemplo.

De acordo com Ribeiro, o governo do Estado investiu R$ 10,2 milhões nos últimos quatro anos para transformar 150km de rede, atendendo 27 municípios. Para os próximos quatro anos, a meta é entregar mais 220km de rede trifásica, com o aporte de R$ 20 milhões. 

O gerente da Seag explicou que o programa é voltado para o interesse coletivo, ou seja, o Estado não destina recursos para atender produtores de forma individual, mas, sim, para suprir demandas apresentadas por prefeituras, associações e grupos de agricultores.

A Secretaria de Agricultura recebe a solicitação, visita a região para ver se atende aos critérios do programa e encaminha para a concessionária de energia realizar o projeto e executar a obra, que receberá recursos estaduais.

Investimento “tímido” e oscilações

Para o deputado Coronel Weliton (PTB), o investimento no programa ainda é “tímido”. “Nós temos recebido reclamações não só da necessidade de ampliação, mas da qualidade da energia”, informou o parlamentar de Iúna, na região do Caparaó. 

O parlamentar salientou, ainda, que o investimento em energia elétrica e telefonia móvel é uma forma de estimular a juventude a permanecer no campo. 

O deputado Adilson Espindula (PDT) questionou as concessionárias de energia sobre a celeridade dos processos. Ele disse que há uma lista “interminável” de pedidos de execução de energia trifásica e que a Seag teria informado a ele que muitos projetos estariam parados nas concessionárias. “Os serviços estão sendo executados, mas não na velocidade que o estado do Espírito Santo precisa”, disse.  

Já o deputado João Coser (PT) questionou sobre a qualidade da energia entregue à população. Segundo ele, as oscilações têm prejudicado muitos produtores com a queima de equipamentos e a perda dos produtos. 

O presidente da Federação da Agricultura do Estado (Faes), Júlio Rocha, fez coro à fala de Coser. “A qualidade deixa a desejar. Você vê nitidamente a oscilação de voltagem no interior”, comentou. 

O representante da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), Darli Schaefer, endossou a demanda, citando caso de produtor de tilápias que teve prejuízo de R$ 100 mil com a oscilação de energia no interior de Domingos Martins. “Infelizmente a gente tem prejuízo constantemente devido aos picos de energia”, relatou. 

Melhoria do fluxo 

O representante da Seag respondeu que o fluxo de atendimento dos pedidos melhorou bastante nos últimos anos. “Esse fluxo melhorou muito. Quando entrei no Estado, essas demandas vinham protocoladas presencialmente pelo produtor na Seag, hoje já chegam de forma digital”, explicou. 

Ribeiro disse que as demandas são passadas para a concessionária, que precisa fazer um projeto de engenharia, o que demanda tempo, já que cada região tem uma topografia, um relevo diferente. Mesmo assim, segundo ele, a secretaria tem agilizado todos os procedimentos internos. 

Ele também salientou que o programa não é a única forma de atender aos solicitantes. “Dentro do ‘Energia mais produtiva’, o caminho é o atendimento coletivo. Existe o atendimento individual, mas o Estado não aporta recursos”, disse. 

Já o representante da concessionária EDP, Jorge Guerrero, salientou que as obras para transformação da energia de monofásica para trifásica também sofrem interferência de outras esferas, como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e órgãos ambientais. Além disso, todos os contratos precisam passar pela Procuradoria-Geral do Estado. 

Guerrero também informou que a concessionária ressarce os danos provocados pelas quedas de energia, mas os clientes precisam comprovar que o prejuízo foi causado pela empresa. 

Requerimento 

O deputado Adilson Espindula sugeriu que os colegiados enviem um requerimento para que a Seag informe os serviços que foram executados dentro do programa “Energia mais produtiva” e os que ainda estão pendentes, no período de 2019 até o momento. A sugestão foi acatada pelos outros parlamentares.

Também estiveram presentes os deputados Allan Ferreira (Podemos), Dary Pagung (PSB), Iriny Lopes (PT) e Lucas Scaramussa (Podemos), além do representante da concessionária Luz e Força Santa Maria, Marcos Fernando Barbosa.  

Potência e oscilação da rede elétrica no interior foram discutidas em reunião, na qual foi apresentado programa para melhorar o serviço na zona rural 

Deputados questionam qualidade da energia

Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
Para mais informações sobre a Assembleia Legislativa do ES acesse o site da ALES

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