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Energia renovável constitui desafio ambiental – Notícias da ALES

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) na agenda 2030, foi debatido na Assembleia Legislativa (Ales) na tarde de quarta-feira (13). Esse ODS visa a garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos. A iniciativa faz parte do Conexões Sustentáveis, projeto da Escola do Legislativo que vem debatendo, semanalmente, todas as metas estabelecidas pela ONU. 

A palestra foi ministrada pelo ex-secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Fernando Schettino, que traçou um panorama da situação energética no Brasil e no mundo. Segundo os dados apresentados, cerca de 80% de toda a energia produzida no mundo é fóssil. Apenas 10% da produção é oriunda de fontes renováveis como hidroelétrica, nuclear, solar, eólica, geotérmica e de pequenas centrais hidroelétricas. “Esse é o desafio de fazer a curva para o ODS7, mudar isso aí. É um desafio monstruoso”, analisou Schettino. 

No Brasil, a situação é um pouco mais animadora. Aproximadamente metade da matriz energética do país é composta por fontes renováveis. Somando lenha e carvão vegetal, hidráulica, derivados de cana, eólica, solar e outras, as fontes renováveis totalizam 47,4% da matriz energética brasileira. E o potencial de crescimento ainda é enorme, de acordo com o palestrante.

Schettino afirmou que, conforme pesquisa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), há uma tendência que parece irreversível: a substituição dos derivados de petróleo. “Ontem, uma instituição internacional disse em letras categóricas que, por mais que não pareça, a era do petróleo e do carvão começou o seu fim. É importante as pessoas acreditarem nisso”, afirmou. 

Fotos do debate

Biocombustíveis

O convidado apresentou, ainda, iniciativas que contribuem para a diversificação de matrizes energéticas e o alcance da meta estabelecida pela ONU, como a produção de biocombustíveis. Segundo relatório do Embrapa, o Brasil reúne, como nenhum outro país, condições plenas para viabilizar a produção e o uso sustentável de biomassa, tendo em vista suas condições climáticas favoráveis, ampla área agricultável e grande disponibilidade de água. 

“Floresta, cana… Bagaço de cana representa uma quantidade enorme de energia no Brasil. Não é só o carro que está andando com álcool. O bagaço vira energia. Tá virando tecido, tá virando papel. Existem muitas possibilidades”, avaliou Schettino. 

Ele afirmou que existem muitos caminhos para o crescimento de energias renováveis no Brasil. “Nós temos uma possibilidade de crescer a quantidade de energia sustentável em torno de 3 a 4% ao ano até 2026. Essa oferta (…) tende a ampliar”, disse. 

Energia solar

Além dos biocombustíveis, o país avançou na geração de energia fotovoltaica. Em 2022, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica Solar, alcançou a 8ª posição no ranking mundial de produção de energia solar. No Espírito Santo, em 2021, a geração de energia advinda da luz solar atingiu os 78 municípios capixabas, abrangendo aproximadamente 9,5 mil consumidores.

Para Schettino, o cooperativismo é um dos responsáveis pelo crescimento da energia fotovoltaica no estado. Ele citou a Coopeavi, Unimed Sul Capixaba, Selita e Cooabriel como exemplos de cooperativas que utilizam a energia solar em solo capixaba.

Energia eólica, hidrogênio verde e lixivia

Outras fontes de energia renovável que apresentam grande potencial de crescimento no Espírito Santo também foram citadas pelo palestrante. A lista inclui a energia eólica, o hidrogênio verde e a lixívia, subproduto da produção de celulose que, em 2010, já representava 14,7% da matriz energética do estado. A Suzano S.A  já produz energia elétrica a partir dessa matéria-prima. 

Sobre o hidrogênio verde, Schettino destacou parceria que a empresa Vale S.A firmou com uma startup sueca para a produção desse tipo de energia – produzido por meio de fontes de energias renováveis, como solar e eólica –, sem o uso de recursos fósseis.

Em debate sobre a Agenda 2030, Luiz Fernando Schettino afirmou que fontes renováveis totalizam 47,4% da matriz energética brasileira, mas no mundo representam apenas 10%

Energia renovável constitui desafio ambiental

Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
Para mais informações sobre a Assembleia Legislativa do ES acesse o site da ALES

Energia renovável constitui desafio ambiental

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