Antes de colorirem os jardins, as borboletas, para nascer, passam por uma transformação completa. A metamorfose é um processo que ocorre no corpo dos animais que possuem desenvolvimento indireto. Durante esse processo, um ser vivo sofre modificações que levam a sua forma adulta definitiva. Entre os grupos que se destacam pela presença de metamorfose, estão os anfíbios e alguns insetos, como as borboletas.
A turma do 2º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Zilda Andrade, no Bonfim, pôde acompanhar de perto as etapas de transformação da borboleta. A turma da professora Rosiane dos Santos desenvolveu uma sequência didática para trabalhar em Ciências da Natureza.
“Com as atividades que desenvolvemos, os objetivos eram entender como funciona o ciclo de vida da borboleta, reconhecer a importância desses insetos alados para o ecossistema, além de entender o que é a metamorfose”, contou a professora.
Tudo isso trabalhando ainda “As borboletas”, poema clássico de Vinicius de Moraes.
Observação e transformação
A sequência didática com os estudantes começou com um desenho infantil sobre a metamorfose das borboletas. Depois, a professora Rosiane conversou sobre o que a turma entendeu sobre o vídeo. A partir daí, teve início a etapa em que os estudantes ficaram mais empolgados: em alguns potes, divididos em grupos, estavam lagartas.
A tarefa dos estudantes foi alimentar as lagartas com folhas de couve e observar as mudanças ocorridas com os insetos até elas se transformarem nas chamadas crisálidas (ou pupas), que é a fase em que os insetos ficam dentro dos casulos que as lagartas constroem ao redor de seus corpos. É ali dentro que o corpo antes em forma de larva ganha outros contornos, cores e asas.
A maturação das crisálidas varia de acordo com a espécie até que a borboleta esteja pronta para romper o casulo e abrir as asas. Para continuar o ciclo, são as borboletas adultas as responsáveis pela reprodução da espécie. Elas botam ovos em folhas, que eclodem em lagartas, que se transformam em crisálidas e, finalmente, se formam borboletas, recomeçando o ciclo sucessivamente.
Leitura
Enquanto esperava pelas crisálidas se romperem e revelarem as borboletas, a turma se engajou na leitura do livro “A lagarta comilona”, escrito por Sheridan Cain, e a desenvolver atividades sobre o tema.
“A receptividade das crianças tem sido excelente, porque utilizamos a ludicidade e a criatividade como estratégia de ensino para um melhor aprendizado. Trabalhar com a experiência é notório que traz uma aprendizagem significativa e que de fato faz sentido para a criança, ela aprende melhor, se engaja nas produções, contribui com ideias e opiniões e isso é imprescindível que aconteça, afinal nosso estudante é o protagonista no processo de aprendizagem”, ressaltou a professora Rosiane.
Estudantes acompanham desenvolvimento de borboletas em sequência didática