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segunda-feira, maio 6, 2024
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Estudantes visitam Galpão das Paneleiras em atividade sobre o manguezal – Notícias de Vitória-ES

Parar, pensar, repensar e entender que o manguezal é um berçário natural, e que se encontra modificado pelas ações humanas. Sensibilizar para ter um novo olhar sobre o ecossistema: limpo, colorido, com vida, sustentável e de importância significativa.

Esse é o objetivo do projeto “Manguezal em nossa vida”, desenvolvido com os estudantes do 2º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Maria José Costa Moraes, que fica no bairro São José, pelos professores Dario Damasceno e Valkize Endlich.

Dentro das atividades propostas, nesta quarta-feira (06), a turma foi visitar o Galpão das Paneleiras, em Goiabeiras. E conhecer mais de pertinho o processo secular e artesanal da fabricação das panelas de barro, cuja matéria-prima é retirada, de forma sustentável, do manguezal.

“Este projeto se estrutura a partir da seguinte situação problema: como desmistificar a ideia de que o manguezal é um lugar sujo e malcheiroso? Diante da formação fornecida pela Secretaria de Educação de Vitória, juntamente com a Secretaria de Meio Ambiente, tivemos acesso aos relatos de outros profissionais e suas intervenções com os estudantes e a comunidade através de práticas de alfabetização e letramento com dinâmicas de Artes”, contou a pedagoga da unidade de ensino, Delma Ferreira.

“Nosso objetivo aqui hoje é fazer com que os estudantes tenham o entendimento de que o que acontece lá no manguezal da Grande São Pedro, com a cata dos mariscos, que é passada de geração em geração, também acontece em outros espaços, como aqui nas Paneleiras. É uma questão do território em que essas comunidades estão. É o segundo ano que estamos fazendo esse projeto e a primeira vez que trazemos uma turma”, disse a professora Valkize Endlich.

Mãos no barro

Além de conhecer o passo a passo da produção das panelas de barro, desde a modelagem até a queima para a posterior pintura das peças com o tanino extraído do mangue, os estudantes produziram uma panelinha com orientações da artesã Jucileia Barbosa. As panelinhas vão secar, passar pela queima e receber a tinta para depois serem entregues na unidade de ensino.

“Como o manguezal faz parte do dia a dia dos estudantes, estamos trabalhando esse projeto para desmistificar que o manguezal é um lugar sujo, para eles entenderem que o manguezal é um lugar de vida. Nas aulas, trabalhamos a panela de barro, a moqueca capixaba, a torta. Hoje, eles estão conhecendo como é feita a panela, de onde é retirado o barro e a importância de preservar essa cultura”, destacou o professor Dario Damasceno.

Olhos curiosos, mãos com argila, trocas, perguntas e muitos sorrisos enquanto as turmas modelavam as panelinhas. A experiência foi aprovada.

“Eu aprendi que nunca pode jogar lixo no mangue, que os caranguejos moram lá e não pode pegar ele pequeno, se não fica sem. Eu gostei de vir aqui, ver as panelas. Achei legal mexer com a argila, é meio grudado, parece um chocolate derretido. Escrevi meu nome e agora vai queimar e depois vai pra escola”, contou o estudante Miguel Azevedo, de 7 anos.

O projeto

“Manguezal em nossa vida” foi pensado para conscientizar os estudantes do 2º ano sobre a necessidade de conservar e preservar o manguezal, como importante ecossistema para a vida marinha e a manutenção da vida das famílias e subsistência daqueles que moram em região de mangue, especialmente da região da Grande São Pedro e Ilha das Caieiras, onde está inserida a escola.

Entre as atividades propostas, que vêm sendo trabalhadas em sala de aula, estão visitar o manguezal através de vídeos e reportagens produzidos pela imprensa capixaba; participar do roteiro de sessão “Cozinha Capixaba: os elementos culturais e identitários da culinária capixaba”; conversar com os estudantes sobre o manguezal; produzir um painel expositivo e artístico com as produções dos estudantes sobre o tema; abordar o descarte correto e a reutilização de resíduos.

Antes da visita às paneleiras, as turmas já assistiram ao filme “Os sem floresta”, que aborda a problemática dos animais que acabam invadindo a cidade devido à degradação do ecossistema onde vivem. Os estudantes também foram estimulados a pesquisar os principais conceitos sobre o ecossistema, como ele é formado, sua importância, as espécies que lá vivem e as principais ameaças. Depois disso, eles foram ver in loco o manguezal da Grande São Pedro.

Próximos passos

Após a visita ao Galpão das Paneleiras, o aprendizado segue em sala de aula. Será feito um planejamento junto com as turmas de um roteiro para visita on-line de estudo, abordando o silêncio, os sons da natureza, a beleza do meio ambiente, o solo, o ar, os animais, a vegetação e a poluição. A partir daí, será feito um relato, em forma de texto coletivo, dessa visita virtual.

Estão previstas ainda atividades de reprodução do caranguejo com massinhas de modelas e a sistematização com o objetivo de resgatar conceitos e fazer a conexão com o ecossistema visitado e uma sequência didática de alfabetização e letramento.

O encerramento do projeto será o painel com as produções artísticas dos estudantes, reunindo uma síntese dos conceitos estudados e socializando com as demais turmas da Emef Maria José Costa Moraes.

Prefeitura de Vitória ES


Estudantes visitam Galpão das Paneleiras em atividade sobre o manguezal

Foto Destacada na Matéria sobre “Prefeitura Municipal de Vitória”

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