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domingo, abril 28, 2024
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Festa Junina nas artes inspira aprendizagem na Escola Moacyr Avidos – Notícias de Vitória-ES

Sem bandeirolas ou bandeirinhas, não tem festa junina! Esse singelo adorno das quadrilhas de quintal ou dos grandes festivais de São João que ocorrem pelo Nordeste foi um dos principais temas da arte do pintor Alfredo Volpi, que acabou se tornando conhecido como “o mestre das bandeirinhas”. Para ele, as bandeirinhas eram símbolos abstratos que permitiam a geometrização das formas como qualquer outro elemento da composição visual.

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental em Tempo Integral (Emef TI) Moacyr Avidos, as turmas dos 4º, 5º e 6º ano trabalharam, junto com o professor de Arte Conrado Leal, a atividade “No ritmo das bandeirinhas do artista Alfredo Volpi. Festas culturais – Festa Juninas”.

Foram aulas expositivas em sala de aula com as obras do artista Alfredo Volpi até o momento de “fazer arte”, com desenhos, colagens e pinturas, de modo coletivo. O professor escolheu o tema devido ao retorno das festas culturais que acontecem nos meses de junho e julho, as festas juninas, a dança a quadrilha, a cultura, a gastronomia.

“Os estudantes amaram, relataram sobre a última festa cultural antes da pandemia, retornar com esse movimento coletivo faz bem para todos. Na Arte, o uso dos materiais, papéis diversos, a tinta guache, todo o processo enriquece o imaginário das turmas, e vão fazendo o repertorio imagético com as obras dos artistas. Toda oportunidade para os estudantes no ciclo escolar é válida, aprendemos um com o outro, e retornar depois de dois anos é algo que emociona. É lindo, eles estão animados para as danças culturais”, contou o professor Conrado.

Alfredo Volpi

Bandeirinhas infinitas em sequências multicoloridas. Fachadas das ruas do Cambuci recriadas pela imaginação. Mastros de navios sugeridos em movimentos hipnóticos.

Os trabalhos realizados por Alfredo Volpi (1896-1988) da década de 1940 em diante se afastam da pintura figurativa e navegam para a abstração. É quando o artista começa a trocar as paisagens rurais, litorâneas e urbanas de aspecto impressionista do início da carreira por formas mais simples, marcadas pelo domínio do uso da cor. E é também o momento em que vai deixando de lado a pintura a óleo para se dedicar à têmpera.

Volpi nasceu em 1896, na cidade italiana de Lucca, noroeste da Toscana, e veio para São Paulo ainda bebê, em 1898. A família residiu primeiro no bairro do Ipiranga e depois se estabeleceu no Cambuci, onde o pintor moraria até falecer, aos 92 anos, em 1988.

De classe baixa, deixou a escola aos 12 anos e começou a trabalhar como encadernador. Foi também entalhador e pintor decorativo de residências, profissão na qual aprendeu a misturar tintas e a trabalhar com o muro. Autodidata, pintou sua primeira tela em 1914, uma paisagem dada de presente à cunhada. A primeira mostra coletiva viria em 1925, quando já se aproximava dos 30 anos.

A primeira exposição individual aconteceu em 1944. É nela que Mário de Andrade adquire a tela Marinha, hoje parte da coleção de artes visuais do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP.

Em sua fase madura, Volpi trabalhou sobretudo com a têmpera, processo no qual a tinta é feita a partir da união de pigmentos naturais com ovos. Não se contentava, contudo, em produzir as tintas de maneira artesanal: fabricava também as próprias telas.

Prefeitura de Vitória ES


Festa Junina nas artes inspira aprendizagem na Escola Moacyr Avidos

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