Um show de vitalidade! Isso foi o que os idosos atendidos nos Centros de Convivência Jardim Camburi , Maria Ortiz e Jardim da Penha protagonizaram no evento de encerramento das atividades com a temática “Participação Social e Território”, na última quarta-feira (1º).
O evento foi um grande encontro intergeracional, com apresentações artísticas de crianças e adolescentes do Centro de Convivência Sólon Borges. Além da presença dos idosos, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, a secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, fizeram questão de prestigiar.
“Somos a cidade com melhor qualidade de vida do Brasil. A experiência de vocês nos enriquece e nos inspira a cada dia, e faz com que nós tenhamos a certeza absoluta que nós estamos no melhor lugar para se viver. Muito além do deste dia, temos ações realizadas diariamente nos Centro de Convivência da Terceira Idade, nas ações da Assistência Social, nas ações da Educação, e porque não na EJA. Temos estudantes com 103 anos de idade que estão na nossa EJA. Então essa é a força da nossa cidade, é o valor que nós damos à vida, à força e à história que vocês construíram”, disse o prefeito.
A animação era tamanha, e, com certeza, reflete o motivo pelo qual Vitória conquistou o título de segunda cidade para envelhecer do país.
Um exemplo disso era a Carmendete de Oliveira Carmo. Ostentando vitalidade, alegria, simpatia e desenvoltura, ela já chegou para a entrevista falando a idade, 84 anos.
Para ela, os anos de vida são sinônimo de muita história para contar, muitas amizades, muito aprendizado e ensinamentos, gratidão e desejo de viver ainda mais momento de felicidade e desfrutar o melhor da vida: viver.
Acompanhada da sua casaca, Carmendete disse que não tem tempo para a tristeza. “Meu dia é cheio de coisa para fazer. Frequento o grupo do Centro de Convivência Maria Ortiz, participo das atividades e estou na banda de Congo. Fazemos muitas apresentações, sabia?”, falou com orgulho.
Para ela, cada ida ao Centro de Convivência é um encontro feliz com o passado. “É muito bom estar aqui”, afirmou a idosa. Os elogios de Carmendete são tantos que a filha Andrea, de 57 anos, não vê o dia de completar 60 anos e conquistar o direito de fazer parte de algum Centro de Convivência.
“Por enquanto, só venho para acompanhar meus pais, ver as apresentações da minha mãe. Mas quero muito estar aqui, participar”, declarou Andrea.
Em Vitória, são sete unidades voltadas para a população idosa. Do total, quatro são Centro de Convivência e três Núcleo de Integração Social para Pessoas Idosas (Nispi). Juntos atendem 1.161 idosos.
A gerente de Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Cristina Silva disse que os serviços buscam desenvolver ações intergeracionais, respeita a história longínqua de cada idoso e possibilitar a troca de experiências e a heterogeneidade na composição dos grupos promovendo o respeito pelas diferenças e pelos diferentes ciclos de vida.
“O Serviço de Convivência além da socialização, prevenir situações de violência ao idoso, é também uma forma de preservar as suas memórias e favorece o fortalecimento de vínculos dos pares criando um sentimento de pertencimento ao grupo de convívio, espaço de criação de novos projetos para esta etapa da vida”, ressaltou Cristina.
Para a secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, ver a alegria dos usuários do espaço comprovam a importância das ações voltadas para a população idosa como garantia de direitos e de sua autonomia. “Os nossos espaços acumulam história dessas pessoas protagonistas de suas vidas. Isso para nós é sucesso”, falou ela.
Cintya acrescentou que “no Sistema Único de Assistência Social fortalecer vínculos familiares e comunitários é essencial e é o que buscamos na rotina de nosso trabalho”.
Idosos dão um show de vitalidade em evento de participação social