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segunda-feira, maio 20, 2024
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Rede de acolhimento socioassistêncial da capital muda a história de Estela Nunes – Notícias de Vitória-ES

Você sabe o que significa a sigla Cras? Se “perguntar” para o Google a resposta é simples: Centro de Referência de Assistência Social. Mas, se a pergunta for feita para a caixa de supermercado Estela Nunes, de 45 anos, Cras é muito mais que isso. “É uma rede de acolhimento, a porta de entrada para as mudanças boas da minha nova vida”, afirma ela.

Estela faz questão de contar sua própria história de vida para embasar sua afirmação. “Minha história com o Cras Maruípe começou quando fui atrás de atendimento no Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cramsv), em Maruípe. Lá viram que minha situação era grave e logo me encaminharam para o Cras. Estava atrás de apoio para cesta básica e recebi muito mais. Recebi acolhimento e quem me ouvisse”, disse ela.

Para ela, a sua relação com o Cras Maruípe é exemplo de que acolhimento, acompanhamento e atenção que podem mudar o rumo de qualquer história, mesmo as mais difíceis, nas quais a pessoa esteja em situação de alta vulnerabilidade, como a de violência doméstica.

“Quando sai de casa, pedi a Deus para me enviar uma legião de anjos para me ajudar. O Cras faz parte dessa legião e minha experiência tem sido maravilhosa nessa rede de acolhimento. Eu precisava de ajuda e encontrei no Cras e na equipe do CRAMSV. Eu estava perdida e não sabia mais como começar e elas me orientaram”, garante Estela.

O que Estela chama de legião de anjos, a Secretaria de Assistência Social (Semas) de Vitória nomeia de rede socioassistencial e ações intersetoriais. No Cras, Estela está no Serviço de Proteção e Atenção Integral à Família (PAIF) que oferta ações socioassistenciais de prestação continuada, por meio do trabalho desenvolvido com famílias em situação de vulnerabilidade social.

Ela conta, também, com atendimento no Cramsv, serviço vinculado à Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid) e, com o serviço psicológico ofertado no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ligado à Secretaria de Saúde (Semus).

Sobre o recebimento da cesta de alimentos, Estela disse que, no Cras, não começou recebendo benefícios de transferência de renda nem cesta de alimentos, mas ganhou o que foi fundamental para sua virada. “Eles não visam nos ajudar financeiramente, eles atuam para nos tirar dessa situação de vulnerabilidade. Tive acolhimento, atenção, carinho quando mais precisei. Também muitas conversas, encaminhamento para cursos e oficinas na Unidade de Inclusão Produtiva (UIP) e encaminhamento ao emprego”, relacionou ela.

Uma nova história

Hoje, três meses depois do primeiro atendimento, Estela faz questão de exibir o crachá de funcionária de um estabelecimento localizado em Jardim Camburi e conta, emocionada, que está empregada, com carteira assinada e atuando como caixa. Mesmo estando empregada ela recebe atenção da assistente social do Cras.

“Ligam para saber como estou, para atualizar dados, para avisar de benefícios. A assistente social que me acompanha, Tânia Carvalho, diz que estamos num processo de análise, que estamos caminhando, em fase de treinamento para viver momentos cada vez melhores, por isso esse acompanhamento”, comentou.

Tânia lembra do primeiro contato que teve com a Estela e conta que ela chegou precisando de que alguém a ouvisse. A assistente social explicou que a atuação da equipe do Cras vai além do atendimento à primeira demanda do munícipe. “Quando a pessoa chega para pedir uma cesta de alimentos, procuramos entender o que gerou a vinda dela. Será que é só porque esta desempregada? A gente entra na família. Trabalhamos as demandas da família, suprindo as necessidades, levando direitos”, comentou Tânia.

Em mais um encontro entre as duas, que aconteceu na manhã da sexta-feira (15), a assistente social disse que olha para Estela e tem a sensação de dever cumprindo. “Ela ainda vai ser uma grande empreendedora. Ela está numa linha de evolução desde que chegou aqui. Ela já conquistou muitos direitos”, falou Tânia, emocionada.

A gerente de Atenção à Família da Semas, Cremilda Astorga, disse que o relato reforça a importância e o papel dos Cras. “O serviço desenvolvido nos Cras busca fortalecer a função protetiva da família, contribuindo na melhoria da sua qualidade de vida e assim prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários, possibilitando a superação de situações de fragilidade, além de promover aquisições sociais e materiais, potencializando o protagonismo e a autonomia das famílias”, comentou ela.

A secretária em exercício, Carla Scardua, fez questão de frisar que  a rede socioassistencial está à disposição da população que necessita da política de assistência social. “Com um conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios esses devem garantir as seguranças de acolhida, rendimento e autonomia e de convívio. Nossos trabalhadores do SUAS sempre estão em constante capacitação para aprimorarmos atendimento aos cidadãos”, destacou.

Prefeitura de Vitória ES


Rede de acolhimento socioassistêncial da capital muda a história de Estela Nunes

Foto Destacada na Matéria sobre “Prefeitura Municipal de Vitória”

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