O programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil, da Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil (Acacci), sensibiliza profissionais da educação básica a respeito do câncer infantojuvenil. O olhar sensível e atento do professor é essencial para o enfrentamento e diagnóstico da doença e na ressignificação da experiência vivenciada.
Para profissionais da rede de ensino de Vitória, o ciclo de formação está ocorrendo no auditório da Acacci, com três turmas, totalizando 90 servidores da Educação inscritos. As atividades ocorrem nesta sexta-feira (30) e nos próximos dias 14 (sexta-feira) e 27 (quinta-feira) de outubro.
A atividade é promovida pelo Instituto Ronald McDonald e o Instituto Nacional do Câncer, e tem à frente, para os encontros com os profissionais de Vitória, a médica Gláucia Perini Zouain Figueiredo, oncologista pediátrica que conduz a temática. A formação oferecida para os servidores da Educação da capital é uma parceria da Secretaria de Educação de Vitória com a Acacci.
Atenção aos sintomas
De acordo com a Acacci, o câncer que acomete crianças e adolescentes é diferente do câncer do adulto em vários aspectos. Em menores de 19 anos de idade, a doença tem um alto potencial de cura, chegando a mais de 85% de sobrevida.
Além disso, diferente de grande parte do câncer do adulto, na criança e no adolescente a sua origem não tem relação com fatores ambientais, não sendo possível a sua prevenção. Desta forma, o diagnóstico precoce da doença é um dos fatores que contribui enormemente para o melhor desfecho.
Desde sua implantação em 2008, o Programa de Diagnóstico Precoce do câncer infantojuvenil capacitou mais de 28 mil profissionais e estudantes da saúde, impactando a cobertura de mais de 10 milhões de crianças e adolescentes.
Em 2022, o Programa passou a abranger também as escolas, na certeza de que a sensibilização dos profissionais da educação pode ser um diferencial para o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil, fazendo dele um importante agente na assistência aos pacientes “antes”, “durante” e “após o tratamento”, ajudando-os no enfrentamento à doença e na ressignificação da experiência vivenciada.
São sinais e sintomas do câncer infantojuvenil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca):
- Palidez, hematomas ou sangramento, dor óssea
- Caroços ou inchaços, especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais de infecção
- Perda de peso inexplicada ou febre, tosse persistente ou falta de ar, sudorese noturna
- Alterações oculares, pupila branca, estrabismo de início recente, perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos
- Inchaço abdominal
- Dores de cabeça, especialmente se incomum, persistente ou grave, vômitos (em especial pela manhã ou com piora ao longo dos dias)
- Dor em membro ou dor óssea, inchaço sem trauma ou sinais de infecção
- Fadiga, letargia, ou mudanças no comportamento, como isolamento
- Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação
Rede de ensino tem formação sobre diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil