Os serviços da Prefeitura de Vitória voltados para a proteção e o atendimento às mulheres vítimas de violência estão avançando no desafio de alcançar as mulheres em situação de rua. Neste sentido, profissionais do Centro de Referência em Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência (Cramsv), ligado à Secretarias de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), e do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), realizaram o primeiro encontro para discussão e elaboração de estratégias específicas para esse público.
“Identificamos a necessidade de somar as ações entre os diversos equipamentos para aumentarmos as possibilidades de envolver e atender as demandas dessa população. Precisamos estabelecer um fluxo de atendimento específico, que atenda as peculiaridades das mulheres que vivem na rua. Inserí-las na nossa rede de atendimento e de proteção é uma grande desafio”, diz a a coordenadora do Cramsv, Fernanda Vieira.
Segundo a coordenadora do Seas, Luciana Gatti Constantino, a maioria dessas mulheres vai para à rua após sofrer situações de violência na família. Muitas vezes, buscam proteção em um companheiro também em situação de rua, mas acabam sofrendo violência por parte dele, também. “O Seas percebe, nos atendimentos, que o medo e a dependência emocional dificultam a adesão dessa mulher às propostas de intervenção para superação dessa realidade de violência”, explica Luciana.
Também participaram do encontro profissionais do Centro de Referência para População de Rua (Centro-Pop), equipamento da Semas, e do Consultório na Rua, ferramenta da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). Este primeiro encontro aconteceu na Escola Técnica de Saúde (ETSUS) na segunda-feira (20).
Rede de proteção contra violações quer alcançar mais mulheres em situação de rua