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sábado, maio 18, 2024
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Saúde aborda melhorias para atendimento de AVC – Notícias da ALES

Os avanços e desafios no atendimento de pacientes com AVC agudo na rede pública foram abordados na reunião da Comissão de Saúde desta terça-feira (4). Os deputados do colegiado ouviram especialistas no assunto, entre eles o neurologista José Antônio Fiorot Júnior, que atua no Hospital Estadual Central (HEC), em Vitória, maior unidade de referência para a doença no SUS. 

Álbum de fotos da reunião

Embora o Espírito Santo esteja entre os quatro do Brasil que mais tratam o AVC, há espaço para avanços, apontou o convidado. Para promover melhorias, Fiorot destacou pontos como a implantação da telemedicina (telestroke) para ajudar o atendimento de pacientes em municípios mais distantes antes que o Samu 192 possa fazer a remoção.

O médico cobrou a ampliação dos serviços de referência, hoje restritos a Vitória, Cachoeiro de Itapemirim e Colatina. Conforme um projeto já existente, o ideal seriam três unidades no norte/nordeste (mais uma em Linhares ou São Mateus e a outra em Nova Venécia ou Barra de São Francisco) e duas no sul (outra em Guaçuí ou Alegre). 

De acordo com Fiorot, o estudo foi feito ainda numa época em que não existia a possibilidade do teleatendimento. O projeto trabalha com a hipótese de que qualquer capixaba de qualquer região do estado possa ser removido pelo Samu 192 para receber atendimento médico em uma dessas cinco unidades de referência no prazo de até três horas. 

Segundo ele, além de evitar o surgimento de sequelas devido à agilidade no atendimento, a ampliação dos serviços significaria menores gastos financeiros para o SUS, haja vista o menor tempo de internação necessário. Outro desafio apontado é a reabilitação, atualmente concentrada no Centro de Reabilitação Física do ES (Crefes), em Vila Velha. 

Os convidados concordaram com a necessidade de avanços. Neurocirurgião do Hospital Rio Doce, em Linhares, Ângelo Guarçoni Netto afirmou que a unidade filantrópica tem vocação para a alta complexidade, incluindo, num primeiro momento, a trombólise venosa e, posteriormente, a trombectomia mecânica. Ambos os procedimentos são usados no tratamento do problema em fase aguda.

O neurocirurgião Leandro de Assis Barbosa, do Hospital Central, reforçou que o uso da telemedicina abriria mais “portas de entrada” para os doentes e cobrou a inclusão das unidades básicas de saúde tipo I e II no plano, uma vez que 70% dos pacientes têm oclusão de pequenos vasos. Essa situação pode ser resolvida com trombólise (injeção de uma substância que dissolve o coágulo). Já a trombectomia mecânica é uma cirurgia usada para casos mais graves. 

Embora o plano para essa rede de atendimento já tenha sido apresentado, o presidente da comissão, Dr. Bruno Resende (União), adiantou que se reunirá com gestores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para que possam reavaliar a ampliação e modernização dos serviços. Uma das preocupações do parlamentar é com a quantidade de leitos disponíveis. “A gente precisa continuar avançando”, frisou. 

AVC

“A cada minuto que o cérebro passa sem receber sangue, quase dois milhões de neurônios morrem. Esses neurônios não vão voltar a funcionar”. Esse é o alerta feito por José Antônio Fiorot Júnior. Por isso a importância de constatar o quanto antes os sintomas e evitar sequelas. Conforme revelou, 85% dos AVCs são identificados facilmente ao pedir que a pessoa sorria, dê um abraço ou cante alguma música. 

“Se uma dessas três coisas estiver alterada provavelmente é um AVC”, ressaltou. “A gente não deve esperar passar, não deve dar uma água com açúcar e pedir para deitar para ver se vai melhorar”, completou o neurologista. A pessoa apresenta geralmente paralisia de um dos lados do rosto e perda de força nos braços, além de conseguir falar claramente. 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é causando pelo entupimento ou rompimento de vasos do cérebro. Segundo afirmou Fiorot, o problema representa 10% das causas de mortes no Brasil, são pelo menos 40 mil por ano na rede SUS. 

Aqui no Espírito Santo, no mínimo 4.300 capixabas têm AVC todos os anos, ou 10 ocorrências por dia. Entre 80% a 85% deles são isquêmicos, ou seja, causam a obstrução de artérias cerebrais. Uma vez que os sinais da doença sejam percebidos, o ideal é que o Samu 192 seja acionado para que o paciente seja levando rapidamente a um serviço de referência. 

Também participaram da reunião os deputados Zé Preto (PL) e Pablo Muribeca (Patri) e o neurologista Thiago Caetano Valadão Azeredo, de Cachoeiro de Itapemirim.

Médicos defendem mais municípios com serviços de referência e implantação do teleatendimento para casos agudos da doença

Saúde aborda melhorias para atendimento de AVC

Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
Para mais informações sobre a Assembleia Legislativa do ES acesse o site da ALES

Saúde aborda melhorias para atendimento de AVC

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