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Ales lança frente em apoio à economia solidária – Notícias da ALES

Dona Antônia é uma referência na economia solidária do estado. Por sua trajetória, protagonizou até um documentário. Uma das fundadoras da Casa Sol – onde um grupo de artesãos faz e comercializa seus trabalhos – e de um banco que faz empréstimos a juros baixos para moradores do bairro onde mora, dona Antônia foi uma das participantes da audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Ales) nesta quinta-feira (5).

No debate, que tratou justamente sobre economia popular solidária, foi lançada frente parlamentar para tratar sobre o assunto no Legislativo. O colegiado será presidido pela deputada Iriny Lopes (PT), proponente da audiência pública que abordou o tema.

“Percebi que quando as pessoas trabalham em comunidade, quando estão juntas e fazendo juntas, o crescimento é maior. Nós não ‘estamos’ economia solidária, nós ‘somos’ economia solidária. Sempre fomos parte daqueles explorados, e agora temos que sair da exploração dando seu próprio jeito”, disse Maria Antônia Moura Silva.

Fotos da reunião

Secretário executivo da frente, o deputado Alexandre Xambinho (PSC) destacou a importância de fortalecer esse movimento com iniciativas que visem desburocratizar, ampliar o leque de investimentos e abrir crédito. O parlamentar lembrou um dos projetos aprovados em 2023 na Assembleia para beneficiar microempreendedores:

“O Fundo de Aval de Garantia ES foi um dos projetos mais importantes que passou por aqui este ano, e nós estamos trabalhando para que a economia solidária seja contemplada. Com o Fundo, o governo passa a ser o avalista, o garantidor do microempreendedor”, explicou.

União e valores

O secretário nacional de Economia Solidária e Popular e ex-ministro Gilberto Carvalho considera a economia solidária como instrumento de mudança de vida. “Vai além do mero exercício econômico, ela fala de valores, novas formas, uma utopia, um novo jeito de se relacionar”, descreveu.

“É a união de pessoas que querem mudar de vida, ter saltos econômicos, conforto, vida digna, só que com outra filosofia, sem competição e exclusão”, completou, ao desmistificar que a atividade não se trata de “coisa de pobre”.

Para esclarecer sobre o conceito de comércio justo, o diretor-técnico da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Hugo Santos Tofoli, citou uma resposta do economista Paul Singer, considerado o criador da economia solidária:

“É a gente não explorar a cadeia, pagar preço justo, vender com preço justo, para que todos tenham condições de ter, vender e comprar. A gente luta em alguns segmentos, como catadores, agricultura e confecção, contra os exploradores, os atravessadores. Aí sim, combatendo isso, teremos um comércio justo, uma sociedade desenvolvida, com redução de pobreza e gerando oportunidades”, explicou Tofoli.

Desenvolvimento comunitário

A conselheira nacional de Economia Solidária Parlamentar, Kezia Alice dos Prazeres, destacou o que diferencia essa de outras economias. “O que difere é a preocupação com a vida, a nossa e a de quem está à nossa volta. Nós somos outra realidade econômica, comprometida principalmente com o desenvolvimento local e sustentável, com as nossas comunidades, com as pessoas que fazem parte do nosso empreendimento e, a partir dali, mudar a realidade da sociedade brasileira”, destacou.

A empreendedora Cristiane Mendes Ferrari conseguiu sair do ciclo de violência doméstica quando foi inserida na economia solidária de sua comunidade e hoje consegue empoderar outras mulheres. “Eu era dependente financeira do meu companheiro e por isso fiquei durante 16 anos num relacionamento violento. Quando me envolvi na comunidade, comecei a produzir e vender, vi que eu tinha condições de crescer. Além de ter me libertado, ainda sou referência em meu bairro para outras mulheres”, contou Cris Ferrari.

Participaram do evento também o subsecretário de Estado da Agricultura Familiar, Rogério Favoretti; o subsecretário de Estado do Trabalho, Emprego e Geração de Renda, Carlos Casteglione; outras autoridades e representantes de redes e associações.

Com base na cooperação, sustentabilidade e comércio justo, economia solidária busca reduzir desigualdades sociais e econômicas

Ales lança frente em apoio à economia solidária

Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
Para mais informações sobre a Assembleia Legislativa do ES acesse o site da ALES

Ales lança frente em apoio à economia solidária

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