A consolidação da alfabetização e das competências e habilidades de cada estudante é assunto sério. Por isso, a Secretaria Municipal de Educação de Vitória (Seme) tem trabalhado em parceria com as unidades de ensino na perspectiva de aprimorar cada vez mais o aprendizado e a leitura. Neste ano, a Seme pactuou metas de aprendizagem com os diretores para alcançar os estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.
O objetivo é que todos os estudantes cheguem ao 5º ano como leitores fluentes, o que significa ler sem dificuldade de entender o que está escrito, sem precisar fazer pausas longas na leitura ou ler novamente para corrigir possíveis erros de codificação ou decodificação. “Acreditamos que todos podem e devem ler e que a garantia desse direito é de responsabilidade de todos nós, por isso precisa ser um compromisso assumido de forma intencional”, ressalta a secretária de Educação de Vitória, Juliana Rohsner.
| Pactuação de Metas de Aprendizagem para o Ensino Fundamental | |
| 1º ano |
80% leitor de frases 20% leitor de palavras |
| 2º ano |
65% leitor fluente 15% leitor sem fluência 20% leitor de frase |
| 3º ano |
75% leitor fluente 15% leitor sem fluência 20% leitor de frase |
| 4º ano |
80% leitor fluente 20% leitor sem fluência |
| 5º ano | 100% leitor fluente |
A secretária lembra que a qualidade da leitura dos estudantes do Ensino Fundamental, bem como as habilidades deles em Matemática, História e Geografia serão testados nas avaliações em larga escala, que acontecerão nos meses de outubro e novembro. As provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) serão aplicadas de 23 de outubro a 03 de novembro, e do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes), de 06 a 14 de novembro.
“Quando falamos de avaliação em nossa rede de ensino, Vitória tem práticas excepcionais, coisas maravilhosas acontecendo em todas as escolas, mas nós não podemos ter ilhas de excelência, nós temos que ter um compromisso de rede”, destaca a secretária.
Participação
Ainda sobre as avaliações em larga escala, a subsecretária de Gestão Pedagógica, Luana Lemos, ressalta a importância da participação massiva dos estudantes nas provas e do papel dos diretores na coordenação de todo o processo. “Essas avaliações vão medir como está a aprendizagem em nosso município, portanto, a participação dos estudantes impacta diretamente no resultado da nossa rede de ensino. O resultado é um retrato do trabalho pedagógico da escola, por isso estamos falando da importância da liderança dos nossos diretores não só nas semanas que antecedem as provas, mas durante todo o ano”, observa.
A coordenadora do Programa Educar pra Valer no Espírito Santo, Aleksandra Braga Mendes, ressalta que o resultado das avaliações externas, seja Paebes ou Saeb, é uma consequência do cotidiano escolar, quando há cuidado no uso do tempo pedagógico, no entusiasmo de todo o corpo docente, quando o gestor escolar é engajado. Segundo ela, é importante desenvolver uma cultura de avaliação para preparar as famílias e os estudantes para as provas.
“O tempo de prova, o modelo das questões, isso também é aprendizado. A avaliação é o resultado de um ano inteiro ou de alguns anos. Tenho certeza de que todos nós, antes de fazermos provas ao longo de nossa vida, nos preparamos mais intensamente mais perto da avaliação. Com as crianças não pode ser diferente. Não é para ser tenso, não é para ser um momento de cobrança, mas elas têm que entender que é um momento sério”, explica Aleksandra, que ministrou palestra num encontro formativo para diretores das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) na última sexta-feira (04).
O Programa Educar pra Valer é vinculado à Associação Bem Comum, organização sem fins lucrativos que oferta consultoria na área de educação para diversos municípios brasileiros, entre eles, Vitória.
Educação quer todos os estudantes lendo com fluência no 5º ano