A falta de recursos para manter ou expandir suas atividades. Essa foi a principal queixa das oito instituições de Aracruz que lidam com o público infantojuvenil, durante a reunião da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente da Assembleia Legislativa (Ales), realizada nesta terça-feira (29), no Plenário Rui Barbosa.
O presidente do colegiado e proponente do encontro, deputado Alcântaro Filho (Republicanos), falou sobre a importância da troca de experiências entre as instituições. “A ideia de colocar todos ladeados aqui, além de apresentar o projeto, é para que a gente possa trocar informações de fato e identificar onde o poder público pode avançar”, comentou.
Grêmio Esportivo Tigres de Aracruz
Formado há 13 anos, o projeto gira em torno de uma escolinha de futebol. De acordo com o coordenador, Raí Souza, a intenção vai além da parte social. “A grande ideia do Tigres não era só formar uma escolinha de futebol para tirar crianças da rua, ou transformá-las em um cidadão melhor. Eu acho que isso as escolas, as igrejas e a própria família já fazem.”
O projeto busca criar oportunidades para que crianças consigam despontar no esporte, revelando futuros jogadores, como foi o caso do atleta Lucas Cirilo, que saiu da escolinha e hoje é contratado pelo Internacional de Porto Alegre e tem o seu passe avaliado em R$ 328 milhões.
Projeto Girassol
Atende 90 crianças de 6 a 15 anos e funciona no contraturno escolar. “São crianças em situação de vulnerabilidade social, com problemas com drogas, violência física, sexual, moral, psicológica”, explicou a coordenadora do programa, Maria José Postay. O projeto desenvolve atividades e oferece acompanhamento psicológico.
A coordenadora explicou que existe atualmente uma fila de espera para acolher mais crianças e adolescentes, mas que a ampliação de vagas esbarra no financiamento. “Espaço físico nós temos, para receber essas 60 crianças (que aguardam na fila). O problema é que temos poucas parcerias e os recursos são poucos”, lamentou.
Projeto Anzol
O projeto existe há 20 anos e atende cerca de 800 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade nos municípios de Aracruz, João Neiva e Ibiraçu. Os menores atendidos participam de oficinas de leitura, balé, violão, ukulele, entre outras.
“A gente vê o tanto que o projeto consegue impactar na comunidade em que ele está inserido. (…) Nós buscamos parcerias e apoio do poder público para que possamos continuar transformando o nosso entorno”, disse uma das coordenadoras, Angélica Rangel.
Também participaram da reunião os projetos Lar São José, Recanto Feliz, Minha Chance, Grupo de Escoteiro Coqueiral e Grupo Escoteiro Jequitibá.
Entidades que atendem crianças e adolescentes trocaram experiências e apontaram dificuldades para exercer suas funções devido à falta de apoio do poder público
Projetos sociais da área da infância cobram apoio
Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
Para mais informações sobre a Assembleia Legislativa do ES acesse o site da ALES
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