Emoção, abraços, acolhimento, encontros e a sensação de estar vivendo momentos mágicos marcaram o dia de dezenas de pessoas idosas dos Centros de Convivência de Jardim da Penha, Jardim Camburi e Romão. A tarde da última quinta-feira (19) foi recheada de apresentações culturais, artísticas feitas por eles e para eles, além da apresentação de crianças e adolescentes do Centro de Convivência de Sólon Borges, que participaram da Tarde da Convivência, no shopping Unique Mall, em Jardim Camburi.
Esbajando simpatia, disposição, sorrisos e emoção, Idalina Laura Breda, de 68 anos, disse que estava feliz em estar ali, porque aquele era um momento de se divertir e de muitas trocas de afeto e carinho. “Ao participar das atividades promovidas pelo CCTI (Centro de Convivência da Terceira Idade) a gente se sente mais fortalecida. A gente recebe abraços, carinho, conversa, o que não temos em casa”, comentou ela.
Ao contrário do que fazem algumas das mulheres, que escondem ou diminuem a idade, Idalina contou que quando estava próximo aos 60 anos, não via a hora de completar a idade para poder estar apta a participar do grupo de convivência e desfrutar de todos os serviços destinados à pessoa idosa.
“Faço tudo que posso, frequento os grupos e vou lá até quando não tem atividade. Vou para me sentir bem. Vou para agradecer pelo serviço. Sempre vou”, enfatizou ela. Idalina disse que, apesar de morar junto com dois filhos e um neto, passa boa parte do dia sozinha. Mas, é só chegar no CCTI de Jardim Camburi para essa realidade mudar.
“Lá tem acolhida, carinho. A gente conversa, fala, aprende e ensina. Todo mundo nos trata bem. Da equipe da limpeza a coordenação não tenho o que reclamar. Sou só gratidão pelos momentos que passo lá (CCTI) e das atividades externas que eles organizam”, falou Idalina, terminando com lágrimas nos olhos e sendo abraçada pela amiga Edie Maria Loureiro, 76.
A amiga Edie complementou: “A tarde aqui está maravilhosa. Animada. Isso nos deixa muito feliz”. Edie acrescentou que no Centro de Convivência o grupo encontra o que a pessoa idosa mais precisa. “Precisamos de coisas gostosas, como abraços, beijos, exercitar o corpo e a mente. Lá é bom demais. Se pudesse iria pra lá de manhã e só saia à noite”, afirmou Edie.
A Tarde da Convivência fez com que a idosa Ana Stalcini Pelissari, saísse de Jardim da Penha onde mora para participar pela primeira vez de um encontro de grupos voltadas para pessoa idosa. Mesmo participando das atividades do CCTI de Jardim da Penha há pouco mais de um mês, Ana falou que estava amando o evento.
“Assim que fiquei sabendo da Tarde Feliz me animei. É uma boa oportunidade para conhecer novas pessoas e interagir”, comentou ela.
Já para as antigas amigas de trabalho Stael Oliveira Blackman e a Carmen Fátima Flegler o evento foi ainda mais especial e marcante. As duas não se viam desde quando se aposentaram há mais de 12 anos. “Foi uma tarde de feliz coincidência. Vim incentivada por uma irmã e, estava aqui sentada quando olhei para o lado…”, comentou Stael.
Depois dessa coincidência, mais uma, as amigas revelaram que estão à espera da inauguração do novo espaço do CCTI de Jardim Camburi para se juntarem ao grupo e participar das atividades. “Sempre tive vontade. Mas acabo adiando. Agora, decidi. Quando abrir esse novo só vai ser atravessar a rua que estarei lá”, disse Carmen.
Para a gerente de Serviços de Conveniência e Fortalecimento de Vínculos, Cristina Silva, o Serviço de Convivência, além da socialização também é uma forma de preservar as suas memórias e favorece o fortalecimento do envelhecer com qualidade na cidade. “Criam um sentimento de pertencimento ao grupo de convívio, espaço de criação de novos projetos para esta etapa da vida”, disse ela.
A secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, ao saber dessas histórias disse: “Bingo. Estamos acertando nas ações para o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Estamos cumprindo com o nosso papel, com nossa missão. Para isso que servem os nossos Centros de Convivência para que os idosos encontrem uma rede de apoio e convivência e possam se fortalecer enquanto sujeito de direitos e levar par as suas famílias esta garantia de felicidade. Esses relatos demonstram que estamos no caminho certo”, falou Cintya Schulz.
Tarde da Convivência reúne grupos dos Centro de Convivência