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domingo, abril 28, 2024
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Vale e Arcelor Mittal vão prestar contas das ações ambientais na Assembleia Legislativa

Representantes das mineradoras ficarão frente a frente com os deputados da Comissão de Meio Ambiente e ambientalistas, para informar o que evoluiu nas ações de redução das emissões do pó preto na Grande Vitória

Hoje (17) será dia de prestação de contas na Assembleia Legislativa. Mas dessa vez não é o governador Renato Casagrande (PSB) que irá detalhar as ações do seu mandato, mas os representantes da Vale e da Arcelor Mittal, que irão falar sobre o que fizeram para reduzir a poluição do ar.As siderúrgicas serão ouvidas pelo presidente da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente, deputado Fabrício Gandini (Cidadania), às 10h, no Plenário Judith Castello, na reunião sobre a Atualização do Andamento dos Termos de Compromissos Ambientais (TCAs) assinados pelas empresas para recuperação do meio ambiente.

Gandini durante visita de fiscalização no parque industrial da Vale e ao comandar a reunião da Comissão de Meio Ambiente. Créditos. Wilbert Suave.

Deverão participar: o gerente de Meio Ambiente da Vale, Romildo Fracalossi, além da Relações Governamentais da empresa, Tatiana Rodrigues. Pela ArcelorMittal, a gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente, Jennifer Oliva Coronel, e a coordenadora do Programa Evoluir, Gabriela Ludolf.

Também foram convidados os representantes do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e da ONG Juntos SOS ES Ambiental, além de deputados do colegiado e outras autoridades.

Em pauta estarão: a situação atual dos TCAs assumidos pelas duas mineradoras em 2018 e com prazo final de cumprimento de todas as metas em dezembro deste ano. O TCA visa recuperar o dano entre a necessidade do uso de recursos naturais e os impactos causados ao meio ambiente.

PANDEMIA

Ao participar da reunião realizada no dia 29 de março, Fracalossi anunciou que cerca de 20% das obras previstas no TCA assinado pela Vale terão de ser concluídas somente em 2024 por causa da pandemia do coronavírus.

“Tivemos de adotar as medidas de isolamento e distanciamento social, o que impactou no ritmo das obras. Muitos dos nossos engenheiros que tinham idade acima de 60 anos não puderam fazer o trabalho por causa das recomendações do Ministério de Saúde. Mas não houve paralisação das obras”, garantiu Fracalossi.

Conforme o representante da mineradora, foram investidos cerca de R$ 2,2 bilhões em ações como instalação de telas de proteção (wind fences) para não expandir o pó preto; confinamento sob tetos e paredes do material em industrialização e transportados; pavimentação apropriada e limpeza do piso do parque industrial; construção de galpões, dentre outras medidas.

Indagado sobre a possibilidade de atraso na conclusão das obras do TCA, o gerente de Comunicação e Relações Institucionais da ArcelorMittal, Bernardo Enne, descartou a possibilidade.

“Atualmente, nós estamos trabalhando para entregar todas as metas ainda em 2023. Para isso, temos uma comissão que verifica e faz o acompanhamento. Nossa meta é fazer todas as entregas”, garantiu.

A coordenadora do programa Evoluir da ArcelorMittal, Gabriela Ludolf, informou que a empresa já investiu R$ 1,9 bilhão em ações ambientais. São 446 planos de ações para atender as 131 metas do TCA 36/2018, com 55% concluídos (60 metas cumpridas).

Gandini lamentou o anúncio de atraso das obras por parte da Vale, mas garantiu que o colegiado continuará com o seu papel de fiscalização, para garantir a melhoria na qualidade do ar da Grande Vitória.

“Vou continuar cobrando. Acompanharei os números em relação à poeira sedimentada e às outras fontes de poluentes no ar, para que tenhamos uma solução para esse problema que mexe com a vida dos capixabas. Até o fim do ano, vamos aprovar a primeira Lei da Qualidade do Ar no Espírito Santo”, informou.

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